O debate sobre trabalhar de forma remota, híbrida ou presencial tem gerado muita discussão entre empregadores e colaboradores. O mundo está a testemunhar uma transformação na forma como encaramos o trabalho à medida que a tecnologia, especialmente, a Inteligência Artificial (IA) e a IA generativa ganha expressão.

Torna-se evidente que a questão não é mais se os modelos de trabalho flexíveis vão perdurar, mas sim como serão implementados. Esta mudança de paradigma, atestada por inúmeras pesquisas da IDC, está a redefinir o cenário do mercado de trabalho, permitindo a sua execução eficiente e segura em ambientes remotos, quer seja em escritório ou não.

Todavia, o rápido desenvolvimento tecnológico também tem o seu lado desafiador. Atualmente, as organizações enfrentam dificuldade em manter os colaboradores com competências técnicas e interpessoais. Além disso, gerir equipas dispersas, realizar tarefas complexas e interdependentes, e encontrar profissionais treinados para oferecer suporte efetivo num cenário de ameaças de segurança em constante evolução, são desafios que não podem ser subestimados.

A promessa da automação, sobretudo, a capacidade das ferramentas de IA e IA generativa de facilitar tarefas repetitivas e ampliar a eficácia da aprendizagem no fluxo de trabalho, surge como um potencial alívio. Contudo, este cenário também levanta questões sobre a rapidez com que as organizações se podem adaptar e integrar a essas mudanças de forma eficaz.

Acredito que o futuro do trabalho vai promover, cada vez mais, a colaboração entre humanos e máquinas, viabilizando novas competências e experiências para os trabalhadores, e apoiando um local de trabalho físico repensado e um espaço de trabalho digital sem fronteiras.

As previsões para os próximos cinco anos exploram o panorama do futuro do trabalho, analisando áreas como automação, localizações digitais e físicas, e cultura de trabalho. Considerando os principais impulsionadores por trás destas mudanças, torna-se claro que as organizações, independentemente da geografia, setor ou tamanho, precisam de adaptar as suas práticas de trabalho para enfrentar desafios que vão desde mudanças climáticas até a necessidade de desenvolvimento rápido de competências num ambiente onde a IA está cada vez mais presente.

A evolução contínua da IA e automação está a moldar o cenário empresarial de maneiras impactantes. As previsões mais recentes da IDC apontam para que, até 2026, empresas que integram diretamente a IA generativa no processamento inteligente de documentos vão ter uma melhoria muito significativo na produtividade, escala e experiências do cliente aprimorada.

Aliás, a interseção entre a IA generativa e o processamento inteligente de documentos promete uma revolução nas operações empresariais, de forma a processar documentos de forma mais eficiente, ajudando as empresas a desbloquear uma série de novos casos de uso.

No global, a integração aplicada da IA em ferramentas funcionais para áreas como recursos humanos, finanças e operações, está a tornar empregos e tarefas menos táticos e mais estratégicos. Estas mudanças nos papéis profissionais são um ato estratégico e altamente intencional que as organizações realizam para redefinir as expectativas e os resultados do trabalho.

As atualizações nos papéis profissionais surgem diretamente das mudanças no modelo operacional de uma organização com base em como a IA e a IA generativa estão a alterar os modelos de trabalho. As precisões apontam para que, até 2027, 40% dos postos de trabalho atuais serão redefinidos ou removidos devido a introdução da IA generativa.