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O teatro já tem mais público, “mas está longe de ser o ideal”, afirma Diretor Artístico do TEF

Na próxima quarta-feira, 27 de março, é Dia Mundial do Teatro. O Económico Madeira quis saber qual é a importância desta arte performativa para a sociedade, bem como as suas principais dificuldades.
26 Março 2019, 07h45

O Diretor Artístico do Teatro Experimental do Funchal (TEF), Eduardo Luíz, afirma que o teatro já tem mais público, “mas está longe de ser o ideal”.

Gostar e ir são coisas diferentes, afirma Eduardo Luíz: “há pessoas que gostam de teatro e não vão ao teatro”. Tem observado que o público tem aumentado e que as pessoas já aderem mais aos eventos teatrais e festivais como o Aqui e Acolá. “Já há um maior público e não vai só hoje, depois já acompanha e vai no próximo espetáculo”.

Também Nuno Morna, ator e produtor teatral considera que o difícil é convencer as pessoas a “participarem” no teatro. “Já tive pessoas que nunca tinham ido ver um teatro e depois de ir disseram que adoraram”, conta o ator, e acrescenta que a verdade é que na Madeira não é hábito cultural a ida ao teatro.

Esta é uma arte já muito antiga que nasce em Portugal no século XVI com Gil Vicente, considerado o fundador do teatro português.

Na Madeira o panorama “está em crescimento”, sublinha Nuno Morna, “brutalmente melhor” do que há 20 anos atrás. Também o Diretor Artístico do TEF considera que o panorama na Região é bom, e que está a haver um muito maior número de atividades teatrais a nascer na Ilha.

Contudo, Eduardo Luíz, reclama que não são proporcionadas as condições necessárias para que os atores com formação possam trabalhar exclusivamente nesta área. Têm de compartir este trabalho com outra função, o que não deixa muito tempo para trabalhar o teatro.

Os dois profissionais da área concordam que esta arte performativa, apesar dos avanços, ainda tem muito para crescer na Madeira.

As dificuldades nesta área são a falta de propostas de trabalho, “para melhorar a qualidade”, reclama o Diretor Artístico do TEF, e, por isso, pede para que haja mais apoios.

Para Nuno Morna o teatro é “um dos meios mais óbvios de reproduzir a vida”, apesar de considerar que esta arte performativa, à partida, tem a mesma importância social das outras artes performativas. Já Eduardo Luíz, refere o facto de o teatro ser importante na medida em que expõe os problemas da sociedade.

Esta é uma arte “para gente de todas as idades, dos 3 aos 80 anos”, sublinha o Diretor Artístico do TEF. É para jovens que vêm através das escolas, idosos através dos centros de dia e todo o género de públicos.

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