O tribunal ordenou que todos os quadros e esculturas fossem retiradas da casa do antigo banqueiro João Rendeiro de forma a que sejam reavaliados, tendo a juíza mandado apreender as obras de arte por suspeitas de falsificação, revela a “SIC Notícias”.
As obras de arte já estiveram para serem retiradas da casa do antigo banqueiro atualmente fugitivo da justiça mas a mulher de Rendeiro recusou que os quadros e esculturas fossem levados pelos inspetores da Polícia Judiciária. Ao dia de ontem, o tribunal pediu uma operação de buscas e apreensão, tendo a PJ retirado toda a coleção para uma reavaliação.
De acordo com o “Público”, Maria de Jesus Rendeiro ficou definida como a fiel depositária das obras na altura do arresto (11 de novembro de 2010), tendo permitido que os inspetores vissem os objetos e recolhessem registo fotográfico. Foi quando foi confrontada com a suspeita que a mulher do ex-banqueiro recusou, através do advogado, que os bens fossem removidos da propriedade na Quinta Patino.
A “SIC Notícias” nota que a juíza foi contactada pela diretora da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Judiciário, dado que foi levantada a forte suspeita dos 124 objetos não serem os originais.
Por ser fiel depositária, Mariana de Jesus Rendeiro arrisca ser punida pelo crime de descaminho ou destruição de objetos colocados sob o poder público, caso falte alguma obra que conste na lista do tribunal.
O Estado pretende usar a coleção de João Rendeiro como garantia de indemnizações aos lesados do Banco Privado Português.
Na altura do auto, em 2010, Rendeiro tinha na sua casa na Quinta Patino, em Cascais, várias esculturas e pinturas de artistas nacionais e internacionais como Julião Sarmento, Lourdes Castro, António Dacosta, Dórdio Gomes, Joaquim Rodrigo, Frank Stella, René Bértholo, Sophia Haas, Luís Noronha da Costa, Raymond Hains e Dominguez Alvares.
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