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OCDE: Portugal foi um dos países que optou por aumentar a almofada financeira em cenário de turbulência

No “OECD Sovereign Borrowing Outlook 2020”, a organização salienta que as almofadas financeiras provaram ser eficazes para responder às necessidades de financiamento de curto prazo e “evitar um aumento temporário nos custos dos empréstimos no mercado”. 
29 Julho 2020, 18h15

Portugal, a par dos Estados Unidos e do Canadá, é apontado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE) como um dos exemplos de países que aumentaram a dimensão da almofada financeira em março, numa estratégia de benefícios de manter os níveis de almofada financeira em períodos de turbulência.

No “OECD Sovereign Borrowing Outlook 2020”, atualizado esta quinta-feira, a organização salienta que “as almofadas financeiras provaram ser eficazes para responder às necessidades de financiamento de curto prazo e evitar um aumento temporário nos custos dos empréstimos no mercado” e aponta como exemplo os três países.

A OCDE salienta que a pandemia reforçou a importância das ferramentas de gestão de emergência para os soberanos, mas reforça que persistem “grandes incertezas” em torno das perspetivas, nomeadamente uma segunda onda da pandemia ou de uma recuperação económica abaixo do esperado, bem como a possibilidade de um aumento da volatilidade do mercado. Sinaliza ainda a possibilidade dos Governos precisarem de estender o alcance e a duração dos programas de apoio, assim como introduzir novos pacotes orçamentais no final deste ano ano.

“Nesse contexto, o acesso a ferramentas de financiamento de emergência tornou-se mais crucial para a flexibilidade nos planos de emissão”, refere, acrescentando que será necessário para “evitar interrupções no financiamento das despesas do Governo”.

A OCDE defende que os países, em particular aqueles que registam elevados pagamentos de dívida de curto prazo, podem beneficiar de um mecanismo de financiamento de emergência, como almofadas de capital de emergência,  linhas de crédito com bancos comerciais e um mecanismo de adiamento de dinheiro de curto prazo do Banco Central.

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