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OE 2025: primeiro-ministro admirado com agitação da oposição e apela à calma

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, manifestou-se hoje admirado com a “agitação” em torno do orçamento do Estado para 2025, apelando à calma da oposição, recordando que haverá reuniões em setembro.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, intervém durante o debate sobre o Estado da Nação, na Assembleia da República, em Lisboa, 17 de julho de 2024. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
29 Agosto 2024, 21h43

“Fico admirado de ver tanta agitação à volta dessa matéria. É preciso ter calma e cumprir o que está combinado”, afirmou o chefe do Governo, em declarações aos jornalistas.

Falando em Penafiel, no distrito do Porto, onde hoje inaugurou um equipamento cultural, Montenegro disse que o encontro em setembro com todos os partidos com assento parlamentar foi combinado nas reuniões formais que manteve com eles em julho, “para poder haver uma partilha de opiniões”.

Segundo o primeiro-ministro, deseja-se que esse diálogo “possa conduzir a que a proposta de Orçamento do Estado integre o mais possível as visões de todos os partidos”.

“Aquilo que ficou combinado é desenvolvermos esse trabalho em setembro, para podermos ir mais longe no diálogo político”, acrescentou.

Sobre o Orçamento do Estado para 2025, Luís Montenegro disse estar empenhado em ter em Portugal uma situação financeira estabilizada e contas públicas equilibradas, mas sem “castigar o povo”.

“Nós estamos interessados em que a economia possa gerar recursos para termos políticas públicas que atenuem as desigualdades sociais”, referiu.

Sobre as críticas de eleitoralismo de algumas medidas do Governo feitas pela oposição, Montenegro disse não estar interessado em andar a responder a dirigentes partidários, remetendo “considerações mais partidárias” para domingo, no encerramento da Universidade de verão, onde falará na qualidade de presidente do PSD.

“Não deixarei de dar algumas respostas a várias distrações [da oposição] que tenho registado nos últimos dias”, prometeu.

Disse, ainda, que o executivo vai “continuar a trabalhar para as pessoas, para os portugueses, a olhar para os problemas delas”, com os meios que tem.

“Nós não temos uma filosofia de cobrar impostos a mais, de travar investimentos públicos só para a conta dar certa à custa do sofrimento das pessoas”, exclamou.

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