O Fórum para a Competitividade destaca na nota de conjuntura de outubro, publicada esta quarta-feira, que as previsões sobre o défice inscritas no Orçamento do Estado para (OE2019) apontam para a menor redução nominal do défice desde 2010.
“Trata-se contudo de uma redução nominal de 0.4 p.p., a mais baixa redução do défice nominal desde 2010. Num período de expansão económica e quebra do desemprego, bem como de redução da fatura de juros e aumento muito significativo dos dividendos e do IRC do Banco de Portugal, o governo opta por não fazer consolidação orçamental em 2019”, escreve o economista Joaquim Miranda Sarmento.
Joaquim Miranda Sarmento sublinha o calendário eleitoral e destaca que o Executivo “reduz o défice apenas na medida da redução da despesa com juros e no aumento dos dividendos” do Banco de Portugal e da CGD.
“O cenário macro do OE2019 é francamente otimista para 2019, prevendo um crescimento de 2%, quando a maioria das entidades internacionais e nacionais (sobretudo aquelas cujas previsões são mais recentes), aponta para um crescimento abaixo dos 2%”, diz.
O economista acusa ainda o ministro Mário Centeno de desenhar um orçamento “para agradar à extrema-esquerda que sustenta a “geringonça” e depois executa para cumprir com Bruxelas”.
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