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OE2021: PCP não cede a chantagens e defende que défice não é prioritário

Os comunistas garantem que “o Governo tem todos os meios, todas as propostas que o PCP já lhe apresentou” e garantiu que “é uma questão de fazer a opção de dar prioridade a essa resposta de que o país precisa e não dar prioridade a critérios como o do défice”.
20 Outubro 2020, 12h47

O deputado do Partido Comunista Português (PCP) João Oliveira apontou as questões que afasta o partido da viabilização do Orçamento do Estado (OE) para 2021 esta terça-feira, 20 de outubro.

“É a resposta que o Orçamento der à situação económica e social que determinará o nosso posicionamento e não qualquer tipo de discurso de chantagem, de ameaça, de crise politica, de acusações de votar ao lado da direita porque essas ameaças e essas chantagens não nos sensibilizam”, explicou João Oliveira em declarações à RTP antes de se reunir com o primeiro-ministro para debater o OE 2021.

O comunista sublinhou ainda que “o Governo tem todos os meios, todas as propostas que o PCP já lhe apresentou, é uma questão de fazer a opção de dar prioridade a essa resposta de que o país precisa e não dar prioridade a critérios como o do défice que aprece ser aquilo que verdadeiramente pesa nas opções do Governo”.

A 13 de outubro, numa primeira avaliação da versão preliminar do Orçamento, João Oliveira, considerou que a proposta de Orçamento do Estado para 2021 não “responde aos problemas estruturais do país”.

“A proposta do Orçamento de Estado para 2021 apresentada pelo Governo não responde aos problemas estruturais que o país há muito se confronta, nem dá resposta às situações novas decorrentes dos impactos económicos e sociais da pandemia com destaque para o serviço nacional de saúde, para responder à grave situação económica e social que o país enfrenta”, garantiu João Oliveira.

Para o PCP “o próximo Orçamento do Estado precisava de estar liberto de opções e condicionamentos que tem marcado a política de direita. O documento apresentado, que precisa de ser lido com maior detalhe, continua marcado por opções que designadamente em matéria de défice das contas públicas, limitam e impedem a resposta que se exigia e que seria possível dar”.

 

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