O primeiro-ministro mantém a confiança na viabilização do Orçamento do Estado para 2022, ainda que não tenha garantido os votos a favor do Partido Comunista, Bloco de Esquerda e PAN.
“O Governo tem tido como prática não fazer comentários enquanto as negociações decorrem. As negociações têm permitido ao Governo e partidos apresentar propostas e reflexões. Estamos mais próximos do que temos estado mas não há acordo ainda”, reconheceu António Costas aos jornalistas à margem da reunião plenária, esta quarta-feira, na Assembleia da República. “Estamos empenhados e vamos fazer de tudo para que o acordo exista”, frisou.
António Costa afasta assim o cenário de ver um orçamento chumbado, garantindo que “é um trabalho que está a ser feito com seriedade e que ao longo dos últimos seis anos temos tido resultados positivos”.
“Não vejo razões para que à sétima seja diferente”, atirou, referindo também que o “relacionamento com o BE, PCP/Verdes e PAN tem sido construtivo”.
Esta terça-feira, o Bloco de Esquerda divulgou que as negociações com o Governo “prosseguiram, mas sem aproximação satisfatória”, depois de no fim de semana o BE ter enviado por escrito e divulgado publicamente as suas nove propostas nas áreas da saúde, trabalho e segurança social.
Por sua vez, o PAN exigiu, esta quarta-feira, que as propostas do partido sejam “acolhidas” num memorando de entendimento com o Governo.
Já o PCP admitiu em entrevista à Antena 1 que “na fase em que estamos, ou há compromissos concretos, ou o anúncio de intenções serve de pouco”, deixando claro que os comunistas querem ver a questão do próximo Orçamento de Estado resolvida na votação na generalidade. Isto é, na próxima semana.
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