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Estado passa de excedente a défice de 259 milhões até março no último mês de Medina

O Ministério liderado por Miranda Sarmento atribui responsabilidades ao seu antecessor quando diz que “esta forte degradação do saldo orçamental, entre janeiro e março de 2024, resulta, em grande medida, de decisões e compromissos assumidos já este ano pelo anterior governo e, em muitos casos, após as eleições de 10 de março”.
António Cotrim/Lusa
30 Abril 2024, 18h50

O Estado passou de um excedente de 1.177 milhões de euros para um défice de 259 milhões de euros até março (no último mês de Fernando Medina à frente das Finanças) o que não se verificava desde dezembro de 2022, segundo a síntese de execução orçamental.

“Ao longo do primeiro trimestre do corrente ano, o saldo global das Administrações Públicas (AP) passou de um excedente de 1.177 milhões de euros para um défice de 259 milhões de euros”, lê-se no documento divulgado pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), que precisa que esta situação já não se verificava desde dezembro de 2022.

Em causa está uma diminuição de 5.317,5 milhões de euros relativamente ao mesmo período do ano passado. Tal como revela o Ministério das Finanças que enviou uma nota em que explica que “até março, a execução orçamental, em contabilidade pública, regista um défice de 259 milhões de euros, que é o primeiro desde dezembro de 2022, o que em termos homólogos (comparação com janeiro-março de 2023), significa uma redução do saldo orçamental em 5,3 mil milhões”.

A degradação homóloga do saldo orçamental, no primeiro trimestre de 2024, representa 2,3 mil milhões, se expurgado o efeito base da transferência do fundo de pensões da CGD, em 2023.

O ministério hoje liderado por Joaquim Miranda Sarmento revela que as dívidas da Administração Central a fornecedores aumentarem cerca de 300 milhões, nos primeiros três meses do ano.

“Salienta-se que, em janeiro de 2024, registou-se um superavit de 1.177 milhões, que se transformou num défice de 259 milhões, em março”, sublinha o Governo.

O Ministério liderado por Miranda Sarmento atribui responsabilidades ao seu antecessor quando diz que “esta forte degradação do saldo orçamental, entre janeiro e março de 2024, resulta, em grande medida, de decisões e compromissos assumidos já este ano pelo anterior governo e, em muitos casos, após as eleições de 10 de março”.

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