[weglot_switcher]

OE2025: Bruxelas avisa que vai supervisionar se Governo retrocede no ISP

Alerta surge também após o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, ter anunciado que, “neste momento, não há qualquer intenção de mexer neste benefício relativo ao ISP”.
BERLIN, GERMANY – DECEMBER 18: A man walks through the corridor of the German Bundestag as an EU Flag is reflected on a glass Panel on December 18, 2020 in Berlin, Germany. The European Union and the United Kingdom struggles to find an agreement as the Brexit negotiations continue. (Photo by Michele Tantussi/Getty Images)
27 Novembro 2024, 13h12

A Comissão Europeia insistiu hoje que o Governo retroceda no benefício relativo ao Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos, pedido que vai supervisionar, após ter considerado que o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) não está em conformidade.

“A opinião da Comissão sobre o projeto de plano orçamental de Portugal para 2025 é que, no geral, não está totalmente em conformidade com as orientações orçamentais do Conselho”, pelo que “convidamos as autoridades portuguesas a tomarem medidas adicionais e necessárias para reduzir totalmente as medidas de apoio energético de emergência”, afirma fonte oficial da instituição à agência Lusa.

Um dia depois de o executivo comunitário ter então feito alertas sobre o OE2025 relacionados com o apoio aos combustíveis, nomeadamente no que toca a reduções no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP), a Comissão Europeia avisa que vai, “em conjunto com os Estados-membros, supervisionar a resposta política aos pareceres emitidos ontem [terça-feira] no âmbito do Semestre Europeu”.

Este alerta surge também após o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, ter anunciado que, “neste momento, não há qualquer intenção de mexer neste benefício relativo ao ISP”.

Na terça-feira, a Comissão Europeia divulgou que a proposta de OE2025 “não está totalmente em linha” com as recomendações da União Europeia (UE) por continuar a prever reduções no ISP, descongelando apenas a taxa de carbono.

Em concreto, estima-se que estes apoios de emergência do Estado português ainda em vigor, nomeadamente a redução geral do ISP, pesem 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 e 0,1% do PIB em 2025, segundo cálculos de Bruxelas, para quem “este valor não está em conformidade com o recomendado pelo Conselho”.

Em entrevista à Lusa e outros meios internacionais na terça-feira, o vice-presidente executivo da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis vincou: “No que toca ao plano orçamental para o próximo ano, Portugal está a projetar um crescimento das despesas líquidas, mas esse não é um problema, a questão é que temos vindo a recomendar

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.