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OE2025: “falta intensidade” nas medidas, aponta AEP

O presidente da Associação Empresarial de Portugal entende que a proposta do Governo tem a “direção certa”, mas lembra que apontar “caminhos” não é suficiente.
20 Outubro 2024, 13h08

As medidas inscritas pelo Governo na proposta de Orçamento do Estado para 2025 dão “sinais positivos” e  têm a “direção certa”, mas pecam pela falta de “intensidade”, de acordo com o presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP).

Em entrevista à Antena 1 e Jornal de Negócios, Luís Miguel Ribeiro salienta que “não chega apontarmos caminhos” e, por esse motivo, falta colocar em prática, de forma a incentivar a economia. O próprio refere que encontra no documento um “conjunto de boas intenções” e mostra esperança de que as mesmas “se venham a concretizar.”

Ainda assim, o responsável não tem dúvidas de que “falta ambição” ao Governo e fez saber que o seu voto no orçamento seria de abstenção.

Adianta ainda que a AEP não irá desistir de fazer passar as suas ideias junto dos partidos e do Governo para que em sede de especialidade as suas propostas possam ser acolhidas. Em particular destaca “a necessidade de redução do IRC para 15%, em 2027, a revisão dos escalões do IRS para tributar menos os trabalhadores e a alteração das regras para que as empresas possam efetivamente pagar prémios de desempenho”.

Na mesma entrevista, alertou para as dificuldades com que as empresas se deparam, num contexto em que “estão a lutar com a diminuição do volume de negócios”. Neste sentido, “insolvências, layoff e outras situações começam a ser uma realidade”

“Os problemas existem e já estão a acontecer”, avança dizendo que os problemas com as empresas não afetam só o calçado e o têxtil, estendem-se também à metalomecânica e mesmo à construção civil.

 

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