O Governo projeta para este ano um crescimento de 1,8% e 2,1% no próximo, em linha com os valores já adiantados aos partidos durante a negociação para a proposta orçamental. Esta estimativa constitui uma ligeira revisão em alta em relação às projeções apresentadas no Programa de Estabilidade (PdE), com o consumo a crescer mais do que o previsto e compensando o menor investimento previsto.
O consumo privado cresce 1,8% este ano e 2,0% no próximo, ambos os valores uma revisão em alta em relação aos constantes na PdE (1,5% e 1,7%, respetivamente), tal como o consumo público, revisto em alta de 1,8% e 1,1% este ano e no próximo para 2,6% e 1,2%, respetivamente.
Em sentido inverso, o investimento é cortado em ambos os anos, passando de 4,4% e 3,9% para 3,2% e 3,5%. Também a componente externa foi cortada, fruto de um enquadramento da economia global menos favorável, apontando agora o Executivo a um avanço de 2,5% este ano nas exportações e 3,5% no próximo. No PdE, as expectativas para estes indicadores eram de 3,1% e 4,2%, respetivamente.
Era já sabido que a expectativa do Executivo ficaria em torno dos 2% e com um excedente orçamental de 0,4% para 2024, ou seja, de 700 milhões de euros, dado o que havia sido já comunicado aos partidos no âmbito das negociações para a proposta orçamental, correspondendo a uma revisão em alta em relação ao PdE.
A inflação deve ficar ainda ligeiramente acima de 2%, também em linha com o que já havia sido transmitido aos partidos nas negociações para o Orçamento. Para este ano, o Governo aponta para 2,6%, valor que abranda no ano seguinte para 2,3%. De notar que estes valores são dados pelo índice harmonizado de preços no consumidor, ou seja, o indicador de referência para as instituições europeias.
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