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OE2025: Governo espera crescimento de 1,8% este ano e 2,1% no próximo

O consumo foi revisto em alta, tanto o privado, como o público, compensando um investimento abaixo do esperado para este ano e o próximo, tal como a componente externa.
The Minister of State and Finance Joaquim Miranda Sarmento (C) accompanied by the Minister for Parliamentary Affairs Pedro Duarte (L) delivers the 2025 state budget to the President of the Portuguese Parliament Jose Pedro Aguiar-Branco (R), at the Portuguese Parliament in Lisbon, Portugal, 10 October 2024. ANTONIO COTRIM/LUSA
10 Outubro 2024, 15h46

O Governo projeta para este ano um crescimento de 1,8% e 2,1% no próximo, em linha com os valores já adiantados aos partidos durante a negociação para a proposta orçamental. Esta estimativa constitui uma ligeira revisão em alta em relação às projeções apresentadas no Programa de Estabilidade (PdE), com o consumo a crescer mais do que o previsto e compensando o menor investimento previsto.

O consumo privado cresce 1,8% este ano e 2,0% no próximo, ambos os valores uma revisão em alta em relação aos constantes na PdE (1,5% e 1,7%, respetivamente), tal como o consumo público, revisto em alta de 1,8% e 1,1% este ano e no próximo para 2,6% e 1,2%, respetivamente.

Em sentido inverso, o investimento é cortado em ambos os anos, passando de 4,4% e 3,9% para 3,2% e 3,5%. Também a componente externa foi cortada, fruto de um enquadramento da economia global menos favorável, apontando agora o Executivo a um avanço de 2,5% este ano nas exportações e 3,5% no próximo. No PdE, as expectativas para estes indicadores eram de 3,1% e 4,2%, respetivamente.

Era já sabido que a expectativa do Executivo ficaria em torno dos 2% e com um excedente orçamental de 0,4% para 2024, ou seja, de 700 milhões de euros, dado o que havia sido já comunicado aos partidos no âmbito das negociações para a proposta orçamental, correspondendo a uma revisão em alta em relação ao PdE.

A inflação deve ficar ainda ligeiramente acima de 2%, também em linha com o que já havia sido transmitido aos partidos nas negociações para o Orçamento. Para este ano, o Governo aponta para 2,6%, valor que abranda no ano seguinte para 2,3%. De notar que estes valores são dados pelo índice harmonizado de preços no consumidor, ou seja, o indicador de referência para as instituições europeias.

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