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OE2025: Proposta do PS para subir pensões cria “problema” nas contas públicas, alerta Miranda Sarmento

O ministro das Finanças reiterou hoje que a proposta do PS para um aumento adicional das pensões “cria um problema do ponto de vista das contas públicas”, não sendo a melhor forma de assegurar uma subida maior das pensões.
14 November 2024; Joaquim Miranda Sarmento, Minister of State and Finance, Government of Portugal, on Government Summit stage during day three of Web Summit 2024 at the MEO Arena in Lisbon, Portugal. Photo by Carlos Rodrigues/Web Summit via Sportsfile
27 Novembro 2024, 17h17

O ministro das Finanças reiterou hoje que a proposta do PS para um aumento adicional das pensões “cria um problema do ponto de vista das contas públicas”, não sendo a melhor forma de assegurar uma subida maior das pensões.

“A proposta do PS cria um problema do ponto de vista das contas públicas porque cria despesa estrutural e permanente”, defendeu o ministro na Assembleia da República.

O Governo “não discorda de continuar a aumentar pensionistas”, assegurou, recordando que o executivo sempre disse que quer “continuar a subir as pensões e gostaria de o fazer de forma diferenciada como no suplemento pago em outubro, diferenciando e privilegiando os que têm rendimentos mais baixos”.

No entanto, para o governante é “preciso cautela do ponto de vista orçamental, saber como será a execução orçamental”, nomeadamente tendo em conta que “Portugal tem compromissos com a Comissão Europeia, há uma enorme incerteza em termos europeus e internacionais e era preferível para país não criar já compromisso com despesa permanente, aguardar e a meio do ano tomar uma decisão”.

Assim, Joaquim Miranda Sarmento assegurou que o Governo não é contra subir mais as pensões, sobretudo os menores rendimentos, “mas esta não é a forma de o fazer”.

A proposta do PS atribui um aumento adicional de 1,25 pontos percentuais às pensões de valor até três IAS e que integra o leque das propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

Esta proposta do PS, cuja votação está prevista para hoje, e a fórmula de atualização regular das pensões abrem caminho para que mais de 90% dos pensionistas veja a sua reforma ter um aumento acima da inflação prevista para o próximo ano e que é de 2,3%.

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