O líder do PS considerou hoje que a abstenção no Orçamento é adequada no contexto atual, para servir o país e não dar desculpas ao Governo, assegurando que os socialistas foram “comedidos e responsáveis” nas alterações propostas.
Na conferência de imprensa para fazer o balanço da Rota pela Coesão e pelas Pessoas, que percorreu nas últimas duas semanas os distritos de Lisboa e de Setúbal, José Luís Carneiro foi questionado sobre a votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), que começa na quinta-feira no parlamento.
“Não será no PS que o Governo vai encontrar desculpa, por um lado, para não cumprir, e em segundo lugar, também não vai encontrar no PS a desculpa para se as contas públicas não baterem certo no final do exercício orçamental”, salientou.
Assegurando que primeiro está Portugal e só depois o interesse do partido que lidera, o secretário-geral do PS explicou que “neste momento, à luz deste contexto, a abstenção é a votação adequada” para “servir o interesse do país e para que o Governo cumpra os seus deveres”.
“Nós sempre afirmámos que contribuiríamos para a estabilidade política no país, num momento crítico, em que, entre outros deveres, o Governo tem o dever de cumprir a execução do Plano de Recuperação e de Resiliência”, enfatizou.
Carneiro considerou que os socialistas foram “comedidos e muito responsáveis” nas propostas de alteração que apresentaram na fase da especialidade e que começam a ser votadas na quinta-feira.
Segundo o líder do PS, as propostas do seu partido “procuram valorizar os rendimentos, particularmente dos cidadãos mais idosos com pensões mais baixas” e também aumentar o rendimento das famílias, com a redução do IVA nos bens alimentares, bem como medidas relativas às pequenas e médias empresas.
“Com sentido de contribuir para a competitividade da nossa economia, para a melhoria dos rendimentos, para o investimento nas políticas sociais e para um compromisso com a justiça social, afirmamos também o nosso pressuposto de responsabilidade orçamental, que é essencial à credibilidade externa do Estado português”, enfatizou.
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