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Oferta de casas para venda cai 6% em Lisboa e sobe 11% no Porto no primeiro trimestre

A nível nacional, este é o terceiro trimestre consecutivo em que a oferta de casas para venda desce, com quebras entre os 2% e 3%, depois de um período de dois anos em que o stock para venda cresceu cerca de 36%.
Casas
15 Julho 2025, 16h23

São duas realidades distintas que marcam o segmento da habitação no primeiro trimestre de 2025. Neste período, em comparação com o trimestre anterior, a oferta de casas para venda registou uma quebra de 6% na Área Metropolitana de Lisboa, enquanto na Área Metropolitana do Porto se verificou um aumento de 11%, segundo os dados revelados pela Confidencial Imobiliário (CI).

Ricardo Guimarães, diretor da CI, explica que essa diferença se deve, entre outros fatores, ao fato de Lisboa ser “a cidade com mais dinâmica de licenciamentos, mas os restantes concelhos têm uma menor atividade e colocação de novos imóveis no mercado”.

Esta discrepância no comportamento dos fluxos de oferta e procura acentuou a curva de crescimento dos preços, que, em termos trimestrais, acelerou de 2,5% no terceiro trimestre de 2024 para 4,1% no trimestre seguinte e novamente para 6,6% no primeiro trimestre deste ano. Nesse período, a taxa de variação homóloga praticamente duplicou, passando de 8,3% para 15,8%.

No caso da região de Lisboa, este é o terceiro trimestre consecutivo em que a oferta de habitação para venda desce, acompanhando a tendência nacional, onde o stock disponível no mercado está em quebra desde o terceiro trimestre de 2024, com reduções na ordem dos 2% e 3%, após um período de dois anos em que as casas para venda aumentaram cerca de 36%.

“Esta diminuição da oferta coincide com a aceleração das vendas residenciais, que registaram uma forte intensificação no mesmo período, atingindo mesmo um pico de 43 mil habitações transacionadas no quarto trimestre de 2024. Ou seja, a retoma da procura acabou por reduzir a oferta existente no mercado, o que é expectável face a um stock que continua a ser dominado pela habitação usada e onde a reposição por via de fogos novos se mantém pressionada”, afirma Guimarães.

Por outro lado, a região do Porto tem apresentado um crescimento contínuo desde o final de 2022, com a subida de 11% no primeiro trimestre de 2025 a ser justificada pela forte dinâmica de lançamento de obra nova. As cidades do Porto e Vila Nova de Gaia destacaram-se em 2024, liderando o investimento em nova promoção residencial a nível nacional, com 3.400 novos fogos em pipeline cada.

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