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Oferta global de petróleo baixou em 2.600 milhões de barris desde abril de 2020

A OPEP vai continuar a realizar reuniões mensais, destinadas a avaliar as condições do mercado petrolífero e a decidir sobre os ajustes do nível de produção para o mês seguinte, sendo que “cada ajuste não deve ultrapassar 500 mil barris de petróleo por dia”, defende a organização dos produtores e exportadores de petróleo.
O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino Azevedo, atual presidente executivo da OPEP
1 Abril 2021, 18h57

A 15ª reunião de Ministros da OPEP e não-OPEP ocorreu por videoconferência na quinta-feira, 1 de abril de 2021, sob a presidência de Sua Alteza Real o Príncipe Abdul Aziz bin Salman, Ministro da Energia da Arábia Saudita, tendo como co-presidente, Alexander Novak, vice-primeiro-ministro da Federação Russa.

“Desde a reunião de abril de 2020, a OPEP e os países não participantes da OPEP contribuíram para ajustar a oferta global de petróleo para baixo em 2,6 mil milhões de barris de petróleo até o final de fevereiro de 2021, o que acelerou o reequilíbrio do mercado de petróleo”. Foi aprovado o ajuste dos níveis de produção petrolífera para maio, junho e julho de 2021, segundo o mecanismo acordado na 12ª Reunião Ministerial OPEP e não-OPEP (em dezembro de 2020) para a realização de reuniões ministeriais OPEP e não-OPEP mensais, destinadas a avaliar as condições de mercado e a decidir sobre os ajustes do nível de produção para o mês seguinte, sendo que cada ajuste não ultrapassa 500 mil barris de petróleo por dia”.

A reunião enfatizou as contínuas contribuições positivas da Declaração de Cooperação (DoC) no apoio a um reequilíbrio do mercado global de petróleo. Estes resultados estão em linha com as decisões históricas tomadas na 10ª Reunião Ministerial (Extraordinária) da OPEP e não-OPEP, em 12 de abril de 2020, para ajustar para baixo a produção global de petróleo bruto e as decisões subsequentes.

“Os ministros observaram, com gratidão, o valor da abordagem política prudente da Arábia Saudita de manter seus ajustes voluntários adicionais de um milhão de barris diários, em abril de 2021, pelo terceiro mês consecutivo”, referiu ao Jornal Económico, o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, liderado por Diamantino Azevedo, atual responsável executivo da OPEP.

Esta reunião “aprovou o ajuste dos níveis de produção para maio, junho e julho de 2021, continuando a respeitar o mecanismo acordado na 12ª Reunião Ministerial OPEP e não-OPEP (realizada em dezembro de 2020) para a realização de reuniões ministeriais OPEP e não-OPEP mensais, destinadas a avaliar as condições de mercado e a decidir sobre os ajustes do nível de produção para o mês seguinte, sendo que cada ajuste não ultrapassa 500 mil barris de petróleo por dia”, referiu a fonte de Luanda.

Os ministros procederam à revisão do relatório mensal preparado pelo Comitê Técnico Conjunto (JTC), incluindo os dados de produção de petróleo bruto de fevereiro e reconheceram as “melhorias no mercado apoiadas por programas globais de vacinação e pacotes de estímulo nas principais economias, mas observaram que a volatilidade observada nas últimas semanas garante uma abordagem cautelosa e vigilante continuada no monitoramento da evolução do mercado”, segundo o ministério angolano.

O encontro observou que, “em fevereiro, os ‘stocks’ de petróleo nos países da OCDE caíram pelo sétimo mês consecutivo, mas ainda assim permaneceram acima da média 2015-2019”, saudando o “desempenho positivo dos países participantes. A conformidade geral atingiu 115 por cento em fevereiro de 2021, reforçando a tendência de alta conformidade agregada dos países participantes”, adiantou a mesma fonte.

Os ministros que participaram nesta reunião observaram que, “desde a reunião de abril de 2020, a OPEP e os países não participantes da OPEP no DoC contribuíram para ajustar a oferta global de petróleo para baixo em 2,6 bilhões de barris de petróleo até o final de fevereiro de 2021, o que acelerou o reequilíbrio do mercado de petróleo”.

Os ministros expressaram seus “agradecimentos aos países que apresentaram planos para défices de compensação anteriores e continuam a trabalhar para compensar os volumes produzidos em excesso”, apelando a todos os participantes para que consigam concretizar “a conformidade total para atingir o objetivo de reequilíbrio do mercado e evitar atrasos indevidos no processo”, concordando “com o pedido de vários países que ainda não concluíram a sua compensação para uma extensão do período de compensação até ao final de setembro de 2021”, refere ainda a fonte de Luanda.

Os mesmos ministros concordaram que os países participantes com volumes superproduzidos pendentes submeterão seus planos para a implementação de qualquer compensação necessária para volumes superproduzidos ao Secretariado da OPEP até 15 de abril de 2021. Este encontro elogiou a Arábia Saudita por seu recentemente anunciado “Saudi Green Initiative” e “Middle East Green Initiative” como contribuições importantes para os esforços globais de combate às mudanças climáticas, e saudou o compromisso da Arábia Saudita em transferir conhecimento e compartilhar experiências como parte dessas iniciativas.

Adianta a fonte angolana que “os líderes do G20 já endossaram a estratégia avançada pela Arábia Saudita para lidar com as mudanças climáticas – a economia do carbono circular e seus 4R – reduzir, reutilizar, reciclar e remover – como uma solução inclusiva e equilibrada para lidar com as emissões de gases de efeito estufa”.  As próximas reuniões do Comité Misto de Acompanhamento Ministerial (JMMC) e de Ministros da OPEP e não-OPEP estão agendadas para 28 de abril de 2021.

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