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Oitenta por cento dos deputados chegaram depois da “troika”

A XIV Legislatura arranca com um hemiciclo marcado pela inexperiência. PS e PSD têm 86 “novatos”, metade dos presidentes das comissões não foram reeleitos e faltam “pesos-pesados” a todos os grupos.
3 Novembro 2019, 12h00

Apenas um em cada cinco deputados que estão a participar no debate do programa de Governo exerciam o poder legislativo na XI Legislatura, aquela que terminou a meio, com a demissão de José Sócrates em março de 2011 e o pedido de ajuda financeira que colocaria Portugal sob a tutela da troika. E mesmo entre os elementos mais experientes de uma Assembleia da República marcada por caras novas, ao ponto de haver 100 deputados a estrearem-se no hemiciclo, poucos grandes vultos sobraram nos Passos Perdidos.

O líder comunista Jerónimo de Sousa é agora o único “sobrevivente” da Assembleia Constituinte, pois Helena Roseta e Miranda Calha não constaram das listas do PS, sendo o único a igualar as 11 legislaturas anteriores do social-democrata José Cesário e do socialista José Magalhães, que chegou a ser deputado do PCP. Logo a seguir vêm o socialista Jorge Lacão (líder parlamentar de 1995 a 1997) e o social-democrata Pedro Pinto, com dez, e o social-democrata Adão Silva e o comunista António Filipe, com nove.

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