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Oito em cada 10 seguradoras já usam Inteligência Artificial, segundo a Minsait

Sara Atalaya, Head of Insurance da Minsait, em Portugal, revela que “o setor segurador posiciona-se como um forte e pioneiro adotante da IA, devido às suas capacidades de integração e à utilização intensiva de dados inerentes ao negócio”.
26 Novembro 2024, 15h44

O impacto da inteligência artificial aumenta ano após ano no setor segurador por toda a Europa, com algumas variantes consoante as regiões, segundo o relatório desenvolvido pela Minsait junto de empresas espanholas.

A Minsait é uma empresa da Indra especializada na transformação digital e Tecnologias da Informação.

Os dados do relatório recente revelam que a maioria das companhias está atualmente a trabalhar em projetos relacionados com a IA e dois terços já os implementou.

“Os mais avançados apostam nos aspetos relacionadas com o cliente, para o conhecer melhor e tentar fidelizar a marca, bem como reduzir o risco de fuga e de fraude”, explica a consultora.

O estudo, agora apresentado, teve como objetivo analisar em profundidade o nível de implementação da IA no setor segurador espanhol através de um questionário dividido em cinco áreas: situação, recursos humanos, tecnologia, aplicação e utilidade e modelos.

Segundo o relatório, 68% das entidades que estão atualmente a desenvolver projetos de Inteligência Artificial têm um departamento específico dedicado exclusivamente a esta área.

O estudo destaca ainda, por mais um ano, as dificuldades que as seguradoras enfrentam para atrair talentos especializados em IA e dados. “Os perfis mais difíceis de encontrar incluem arquitetos de infraestrutura, especialistas em legislação de IA, profissionais em MLOPS e especialistas em engenharia de machine learning”, refere a Minsait.

Sara Atalaya, Head of Insurance da Minsait, em Portugal, revela que “o setor segurador posiciona-se como um forte e pioneiro adotante da IA, devido às suas capacidades de integração e à utilização intensiva de dados inerentes ao negócio”.

O mercado segurador português, como explica Sara Atalaya, “está já a arrancar com projetos de integração da IA generativa nos seus modelos de negócio, como por exemplo, na gestão de sinistros automóveis/domésticos, possibilitando o processamento e avaliação de sinistros através de imagens, no apoio ao segurado, com esclarecimento de dúvidas e gestão de serviços de reparação de forma totalmente autónoma”.

Outras vantagens da IA, referidas pela responsável da Minsait incluem também, “processos de subscrição mais eficientes e automatizados, o que permite realizar avaliações de risco mais precisas, na identificação de padrões e tendências emergentes nos dados, melhorando a deteção de riscos, fraude e proporcionando uma vantagem competitiva às empresas que os adotam, entre outros casos de uso”.

Atualmente, o foco das empresas nacionais está na “reflexão sobre as capacidades internas e na elaboração de planos que permitam avançar com segurança na integração desta tecnologia nos diferentes projetos de transformação, garantindo o real benefício e sustentabilidade do investimento”, concluí Sara Atalaya.

O relatório confirma como o setor segurador é uma indústria que gere e necessita de grandes volumes de dados e de informações. Por isso, tem um elevado potencial para melhorar a sua eficiência e personalização de produtos graças à implementação de Inteligência Artificial.

“A sua adoção, reflete o estudo, vai aumentar a competitividade das seguradoras, permitindo-lhes reduzir custos, reduzir fraudes e melhorar processos em termos de tempo e experiência do cliente e em operações como precificação, subscrição ou gestão de sinistros em qualquer sucursal”, defende a Minsait.

Entre os desafios mais relevantes identificados pelas empresas participantes (seguradoras espanholas) encontra-se a necessidade de um maior alinhamento de negócios e tecnologia para esta área, a necessidade de formação extensa em todos os perfis nas seguradoras, e também a disponibilidade de perfis especializados.

 

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