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Oito países ficam isentos das sanções petrolíferas dos EUA ao Irão

A administração liderada por Donald Trump deixou alguns países de fora devido a “circunstâncias especiais”, mas afirmou que mais de 20 países já eliminaram completamente as ligações petrolíferas no Médio Oriente.
Raheb Homavand / Reuters
5 Novembro 2018, 17h00

Os EUA isentaram oito países do cumprimento do embargo às exportações de petróleo do Irão, que entraram em vigor esta segunda-feira. A decisão já era esperada e foi confirmada pelo secretário do Departamento de Estado do país norte-americano, Mike Pompeo, que indicou “circunstâncias especiais” e a necessidade de garantir que o mercado de petróleo continue a funcionar.

Pompeo anunciou esta segunda-feira que a China, Índia, Taiwan, Turquia, Japão, Coreia do Sul, Grécia e Itália poderão importar petróleo do Irão livremente, de acordo com a imprensa do país. No entanto, a administração liderada por Donald Trump afirmou que mais de 20 países já eliminaram completamente as ligações petrolíferas no Médio Oriente.

A quebra terá resultado em que as exportações de petróleo do Irão caíssem em quase um milhão de barris por dia, de acordo com os cálculos dos EUA. Essa redução nas exportações de petróleo, que representa a maior fonte de rendimento do país já terá causado uma diminuição de cerca de 2.500 milhões de dólares (equivalente a cerca de 2.193 milhões de euros) desde maio passado.

“Continuamos em negociações para que todos os países reduzam as importações até ao zero”, afirmou Pompeo, acrescentando que “as sanções vão acelerar a queda da atividade comercial internacional do Irão”.

O novo pacote de sanções que entrou esta segunda-feira em vigor promete ser “o mais duro de sempre” imposto ao Irão, ao afetar alguns setores fulcrais da economia iraniana. As sanções vão incidir sobre mais de 700 indivíduos, entidades, navios e aviões.

Na lista estão incluídos também grandes bancos, exportadores de petróleo e empresas portuárias. Fora desta lista ficam alimentos, produtos agrícolas, medicamentos e equipamentos médicos. A administração Trump afirmou pretender cortar as receitas que o regime iraniano usa para financiar grupos terroristas, fomentar a instabilidade global, financiar programas nucleares e de mísseis balísticos e enriquecer os seus líderes.

A perspetiva de escassez da matéria-prima está a levar a uma subida nos preços em mercado internacional, onde o crude WTI avança 1,46% para 64,06 dólares por barril e o brent europeu 1,70% para 74,07 dólares por barril.

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