[weglot_switcher]

Olivença? “Declarações não são o pior. Emenda pior do que o soneto”, afirma Rui Tavares

O porta-voz do Livre, Rui Tavares, criticou este domingo as afirmações do ministro da Defesa, Nuno Melo, sobre a questão de Olivença, afirmando que “a emenda foi pior do que o soneto”.
O deputado do Livre Rui Tavares intervém na sessão plenária para apresentação do programa do XXIII Governo Constitucional na Assembleia da República, em Lisboa, 08 de abril de 2022. MIGUEL A. LOPES/LUSA
15 Setembro 2024, 15h13

“As declarações não são o pior. É que houve uma emenda pior do que o soneto. Depois de ter dito algo que é a posição do direito internacional e que é a posição histórica do Estado português vem dizer que essa posição foi emitida a título pessoal e não vincula o resto do Governo”, disse Rui Tavares.

O porta-voz do Livre, que falava aos jornalistas à margem do encerramento da ‘rentrée’ política do partido, em Aveiro, reagiu assim às mensagens publicadas por Nuno Melo nas redes sociais a garantir que a sua opinião sobre Olivença tinha sido dada como presidente do CDS e não vinculava o Governo.

“Qualquer pessoa de má vontade podia dizer: então o senhor é o único ministro deste Governo que acha que Olivença é portuguesa? É que isso é que seria uma grande novidade. O soneto já não era grande coisa. A emenda então é pior do que o soneto”, afirmou Tavares.

O porta-voz do Livre e historiador, para quem Olivença é de Portugal, segundo o direito internacional, referiu ainda que as declarações de Nuno Melo mostram “algum desrespeito em relação ao passado e à posição histórica de Portugal”.

“Se Nuno Melo tivesse trazido alguma boa ideia para Olivença, se calhar daqui a uns anos ainda estávamos a falar disto. Isso ficaria a seu crédito. Assim, fica a seu débito”, disse Rui Tavares.

Nuno Melo afirmou na sexta-feira, na cerimónia comemorativa do Dia do Regimento de Cavalaria N.º 3 (RC3), em Estremoz, que “Olivença é portuguesa, naturalmente, e não é provocação nenhuma”.

“Aliás, por tratado, Olivença deverá ser entregue ao Estado português”, continuou Nuno Melo em resposta aos jornalistas.

Posteriormente, escreveu na rede social X que a posição que expressou “não vincula o Governo” (PSD/CDS-PP, liderado por Luís Montenegro).

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.