“As declarações não são o pior. É que houve uma emenda pior do que o soneto. Depois de ter dito algo que é a posição do direito internacional e que é a posição histórica do Estado português vem dizer que essa posição foi emitida a título pessoal e não vincula o resto do Governo”, disse Rui Tavares.
O porta-voz do Livre, que falava aos jornalistas à margem do encerramento da ‘rentrée’ política do partido, em Aveiro, reagiu assim às mensagens publicadas por Nuno Melo nas redes sociais a garantir que a sua opinião sobre Olivença tinha sido dada como presidente do CDS e não vinculava o Governo.
“Qualquer pessoa de má vontade podia dizer: então o senhor é o único ministro deste Governo que acha que Olivença é portuguesa? É que isso é que seria uma grande novidade. O soneto já não era grande coisa. A emenda então é pior do que o soneto”, afirmou Tavares.
O porta-voz do Livre e historiador, para quem Olivença é de Portugal, segundo o direito internacional, referiu ainda que as declarações de Nuno Melo mostram “algum desrespeito em relação ao passado e à posição histórica de Portugal”.
“Se Nuno Melo tivesse trazido alguma boa ideia para Olivença, se calhar daqui a uns anos ainda estávamos a falar disto. Isso ficaria a seu crédito. Assim, fica a seu débito”, disse Rui Tavares.
Nuno Melo afirmou na sexta-feira, na cerimónia comemorativa do Dia do Regimento de Cavalaria N.º 3 (RC3), em Estremoz, que “Olivença é portuguesa, naturalmente, e não é provocação nenhuma”.
“Aliás, por tratado, Olivença deverá ser entregue ao Estado português”, continuou Nuno Melo em resposta aos jornalistas.
Posteriormente, escreveu na rede social X que a posição que expressou “não vincula o Governo” (PSD/CDS-PP, liderado por Luís Montenegro).
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