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OMS denuncia desigualdades nas vacinas. Países ricos receberam 81% das doses (com áudio)

Enquanto que os países mais ricos já receberam mais de 80% das vacinas, os países com menores rendimentos só acumularam 0,3% das doses.
23 Abril 2021, 12h29

A vacinas contra a Covid-19 permanecem fora do alcance dos países mais pobres, disse o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) num relatório esta sexta-feira.

“Quase 900 milhões de doses de vacinas foram administradas globalmente, mas mais de 81% foram para países com rendimentos alto ou médio alto, enquanto os países de baixos rendimentos receberam apenas 0,3%”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, sobre o ACT-A (Acelerador ao Acesso a Ferramentas para a Covid-19​) configurado há um ano, no dia em que o programa COVAX completa um ano.

Tedros denunciou repetidamente as desigualdades na distribuição de vacinas e exortou os países mais ricos a partilharem as doses em excesso para ajudar a inocular profissionais de saúde em países de baixa renda.

Gerido pela OMS e pela Gavi Vaccine Alliance, o COVAX é um programa global destinado a facilitar o acesso dos países mais pobres à vacina. Até agora, já foram enviadas 40,5 milhões de doses para 118 países ao abrigo deste programa, que pretende garantir dois milhões de doses até o final de 2021.

“Os países de baixa renda testam menos de 5% do que os países de alta renda, e a maioria dos países ainda tem problemas de acesso a oxigénio e dexametasona suficientes”, disse Tedros, referindo-se a um esteróide barato encontrado para ajudar os pacientes que sofrem de covid-19 grave — o único tratamento aprovado pela OMS para a doença.

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