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OMS diz que mundo está a entrar em “território desconhecido” com o coronavírus

O líder da Organização Mundial de Saúde considera que as autoridades de saúde nunca assistiram a um surto respiratório infeccioso desta dimensão, mas acredita que pode ser contido “com as medidas certas”.
3 Março 2020, 12h19

O líder da Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou que as autoridades de saúde em todo o mundo estão a entrar em “território desconhecido” à medida que combatem a propagação do surto do Covid-19 que já infetou mais de 92 mil pessoas em 73 países, segundo o balanço mais recente divulgado esta terça-feira.

Na rede social Twitter, Tedros Adhanom Ghebreyesus escreveu que o primeiro passo para combater o vírus é “saber e conhecer” os seus riscos. No entanto, confessa que a OMS nunca assistiu a um patógeno respiratório capaz de infetar de tal forma a comunidade mundial, mas que também pode ser contido com as medidas corretas.

Desde que foi sinalizado em dezembro, em Wuhan, na China, o vírus já infetou todos os continentes menos a Antártica. O período mais critico desta propagação foi a 13 de fevereiro, quando foram infetadas 15 mil pessoas por todo o mundo em apenas 24 horas, segundo os dados da OMS.

A China continua a registar o maior número de pacientes infetados (80.303) e mortes confirmadas (2.946), seguindo-se da Coreia do Sul (4.812 casos confirmados e 28 mortes), Itália (2.036 infetados e 52 vitimas mortais ) e o Irão (1.501 casos confirmados e 66 mortes). A OMS ainda não classificou esta nova pneumonia viral como uma pandemia global, mas alertou que poderá ser uma possibilidade num futuro próximo.

Em Portugal foram confirmados dois casos de infeção de coronavírus esta segunda-feira.

Vários países que registaram os seus primeiros casos nos últimos dias adotaram medidas para limitar a disseminação do vírus: fecharam escolas, incentivaram o trabalho a partir de casa e cancelaram ou reduziram eventos internacionais e desportivos, uma decisão que deverá afetar os setores economicos mais importantes significativamente e potenciar uma recessão económica global.

A China, a segunda maior economia mundial, já regista sinais de abrandamento e investidores creem que a tendência se poderá verificar noutros países. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (Opep) alertou, esta segunda-feira, que o vírus mergulhou a economia mundial na sua pior crise desde a crise financeira global de 2009 e que o crescimento poderá ser reduzido pela metade se o surto continuar inabalável.

 

 

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