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OMS: Obesidade vai causar 1,2 milhões de mortes por ano

Na Europa, 59% dos adultos têm excesso de peso ou são obesos, bem como 8% das crianças com menos de cinco anos e uma em cada três crianças em idade escolar.
3 Maio 2022, 14h53

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que, na Europa, a obesidade atingiu “proporções epidémicas”, depois de um relatório dar conta de que a doença causa anualmente 200 mil casos de cancro e 1,2 milhões de mortes.

Naquele que é o primeiro estudo deste género em 15 anos, a OMS explica que as taxas de excesso de peso e obesidade atingiram níveis mortais e estavam “ainda a aumentar”, segundo o “The Guardian”.

De acordo com a OMS, nenhum país do continente está no bom caminho para cumprir o objetivo global de travar o aumento da obesidade até 2025.

Na Europa, 59% dos adultos têm excesso de peso ou são obesos, bem como 8% das crianças com menos de cinco anos e uma em cada três crianças em idade escolar.

O relatório da OMS, apresentado no Congresso Europeu da Obesidade, indica que a prevalência da doença na Europa é mais elevada do que em qualquer outra parte do mundo, com exceção das Américas.

“De forma alarmante, tem havido aumentos consistentes na prevalência do excesso de peso e da obesidade na região europeia da OMS e nenhum Estado-membro está no bom caminho para atingir o objetivo de travar o aumento da obesidade até 2025”, é mencionado no documento.

A obesidade está ligada a uma série de outras doenças, como diabetes tipo 2, doenças cardíacas e pelo menos 13 tipos de cancro.

O relatório refere que o excesso de gordura corporal está associado a morte prematura, sendo um dos principais fatores de risco de incapacidade.

“Em toda a região europeia da OMS, é provável que a obesidade seja diretamente responsável por pelo menos 200.000 novos casos de cancro anualmente, prevendo-se que este número aumente nas próximas décadas”, é ainda mencionado no relatório.

“Para alguns países da região, prevê-se que a obesidade venha a ultrapassar o tabagismo como principal fator de risco para o cancro que se pode evitar”, segundo a OMS.

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