[weglot_switcher]

Online Pitch Day dá oportunidade a seis startups para dinamizar ecossistema nacional

Para conseguirem participar, as startups têm de cumprir um de dois requisitos obrigatórios: a equipa fundadora ser portuguesa ou a sede ser em território nacional.
15 Setembro 2020, 09h54

O Online Pitch Day está de volta para a segunda edição para dar a oportunidade a seis startups de apresentarem as suas soluções tecnológicas a sete sociedades gestoras de capital de risco, numa apresentação em modo remoto atendendo as necessidades atuais.

O evento regressa com mais três sociedades, entre as quais a Indico Capital Partners, a Mustard Seed MAZE e a Faraday Venture Partners, que se juntam à Bynd Venture Capital, Armilar Venture Partners, Bright Pixel e LC Ventures. Esta iniciativa tem o objetivo de dinamizar o ecossistema nacional das startups, numa altura em que a pandemia cancelou eventos e reduziu as interações entre as startups e potenciais investidores.

As sociedades gestoras têm como foco áreas como a deep tech, marketplaces e sustentabilidade. As candidaturas estão abertas até ao próximo dia 17 de setembro e a apresentação para dia 22 do mesmo mês. Para conseguirem participar, as startups têm de cumprir um de dois requisitos obrigatórios: a equipa fundadora ser portuguesa ou a sede ser em território nacional.

Para perceber melhor o evento, o Jornal Económico falou com Tomás Penaguião, associate da Bynd Venture Capital e um dos organizadores do evento, para perceber que oportunidade o Online Pitch Day permite às startups que existem no ecossistema português.

Qual a maior oportunidade que o Online Pitch Day permite às startups?
O Online Pitch Day surgiu durante o período de confinamento com o objetivo de criar oportunidades a startups de se apresentarem perante investidores, gerando potenciais futuras relações, num momento em que todos os eventos “offline” se encontravam cancelados. Dessa forma, as startups sem esse acompanhamento viram em muitos casos um abrandamento dos eventos de pitch ou do fecho das suas rondas. Assim, e mostrando mais uma vez a energia e robustez do nosso ecossistema de venture capital, juntámos alguns dos investidores mais ativos num evento totalmente remoto, com oportunidades para uma diversidade de soluções.
Face ao sucesso da 1.ª edição, que contou com mais de 50 candidaturas, verificámos que fazia realmente sentido promover mais um evento. Este tipo de iniciativas vem, não só dar visibilidade às startups perante um conjunto de investidores, mas também impulsionar uma potencial relação de investimento, caso o investidor veja um alinhamento com os seus critérios.
Refira-se, ainda, que todas as equipas que submeterem candidatura vão receber cinco mil euros em créditos da Amazon Web Services (AWS), bem como apoio técnico e treino. As 6 startups selecionadas, para além do resto, receberão 10 mil euros em créditos da AWS.

O que esperam da segunda edição do evento?
Na 2.ª edição do evento, contamos voltar a encontrar startups ambiciosas, com soluções realmente inovadoras e com potencial de escalar a nível global. Estamos a ter grupos pequenos de 6 startups selecionadas a cada edição para que lhes possamos, individualmente, dedicar a nossa atenção e contribuir de forma construtiva para o seu crescimento.

Qual a importância destes projetos para o ecossistema português?
Os portugueses têm uma capacidade única de se destacar em tempos de crise.
Onde uns veem adversidades, os portugueses unem-se para criar soluções. Se, do lado dos empreendedores, há esta vontade, do lado dos investidores também tem de haver – e sem dúvida que há. O ecossistema português não pode, nem tem, de ficar em stand-by. Assim, quando eventos são cancelados, ou adiados, nós surgimos como uma das portas de entrada para um mundo de networking que poderá apoiar novos projetos a darem o salto.

É importante ter mais eventos destes?
Sem dúvida. É sempre importante gerar oportunidades que cheguem a cada vez mais empreendedores e permitam apoiar o surgimento de soluções mais adequadas e competitivas. Mesmo que o resultado não seja o investimento direto, estas iniciativas colocam as startups frente a frente com pessoas experientes, com know-how em negócios e tecnologia e com visão do mercado nacional e internacional. Quando se está a começar um negócio, é muito importante ouvir todos estes players e integrar ou adaptar os seus inputs ao seu plano de crescimento.

É importante manter a dinamização do ecossistema mesmo em tempos de pandemia?
É, sem dúvida, mais importante do que nunca dinamizar o empreendedorismo em Portugal e apoiar os empreendedores a gerarem soluções cada vez mais pertinentes para as necessidades dos dias de hoje, de forma a, simultaneamente, contribuírem para uma sociedade melhor e crescerem de forma sustentável enquanto o fazem.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.