A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) não chegou esta sexta-feira a acordo sobre o aumento da produção, prosseguindo as negociações na segunda-feira, depois de um dos membros ter ameaçado a unidade da aliança.
As negociações terminaram sem qualquer acordo sobre o aumento da oferta, depois de os Emirados Árabes Unidos terem rejeitado a proposta.
O impasse – que já tinha empurrado as negociações para um segundo dia – corre o risco de perturbar a gestão do cartel do petróleo na recuperação do mercado pós-pandemia, numa altura em que as nações consumidoras estão preocupadas sobre o impacto de preços altos.
As negociações será retomadas na segunda-feira, provavelmente depois de um fim de semana onde a diplomacia estará na ordem do dia.
Os Estados Unidos já expressaram preocupações sobre o aumento dos preços da gasolina, já que o petróleo está nos 75 dólares.
A falta de acordo sobre o aumento da produção poderá pressionar um mercado já de si apertado, potencialmente elevando os preços de petróleo de forma acentuada, mas o cenário oposto também está em jogo, refere a Bloomberg.
Se a unidade entre a Organização dos Países Exportadores partir, “um vale tudo” poderia afetar os preços, como aconteceu durante a guerra de preços entre os aliados da OPEP+ no ano passado.
“O atual impasse é um sinal claro das intenções dos Emirados Árabes Unidos: eles têm um claro mandato para aumentar a produção e querem ter uma influência maior”, afirmou Amrita Sen, consultora da Energy Aspects Ldt, em Londres, citada pela Bloomberg.
Abu Dhabi lançou a ideia de deixar a OPEP no final de 2020, já que pretende produzir mais petróleo para aproveitar os biliões de dólares de investimento que fez na expansão da sua capacidade.
O impasse registado esta semana – e a recusa dos delegados dos Emirados Árabes Unidos em fazer quaisquer concessões – sugere que as tensões persistirão.
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