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OPEP rejeita aumentar produção de petróleo

Aumento da produção fica adiado durante dois meses com preços do crude em mínimos de nove meses.
5 Setembro 2024, 19h40

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e parceiros (OPEP+) acordou em adiar um plano para aumentar a produção de crude em outubro e novembro. A queda dos preços para mínimos de nove meses levou os produtores a travarem os aumentos, revelou hoje a “Reuters”.
Os preços do crude têm vindo a cair com preocupações sobre uma fraca economia global, incluindo os EUA e a China, os dois maiores consumidores de petróleo. Disputas entre fações rivais na Líbia também provocam a chegada de menos petróleo líbio ao mercado.
A notícia levou os preços do Brent a subir mais de 1 dólar por barril esta tarde, mas agora negoceia em terreno negativo, nos 72,6 dólares.
A OPEP+ tinha previsto uma subida da produção em 180 mil barris diários, uma pequena fração dos quase seis milhões de barris que está a reter para aguentar os preços, ou o equivalente a 6% do consumo mundial diário.
As duas fações políticas que governam a Líbia chegaram a acordo, na terça-feira, para nomearem um governador do banco central, potencialmente desbloqueando a batalha pelo controlo das receitas petrolíferas, o que deu origem à tensão.
As exportações a partir dos portos principais pararam na segunda-feira, a par da produção em todo o país. A National Oil Corp (NOC) declarou force majeure nos seus campos de El Feel a 2 de setembro.
“O alívio das tensões políticas na Líbia com o potencial retorno de fornecimentos e o enfraquecimento económico nos maiores consumidores mundiais, EUA e China, serve como vento adverso aos preços do petróleo”, segundo Yeap Jun Rong da IG.
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