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OPEP volta a subir produção e mantém excesso de oferta

Não está a ser cumprido o corte de produção acordado pelos países membros da OPEP e outros grandes produtores não pertencentes à organização. Num mercado que continua a receber mais crude do que aquele que consome, a produção aumentou 0,5% de junho para julho.
10 Agosto 2017, 15h01

A produção conjunta da OPEP voltou a subir, tendo-se registado a produção de 32,86 milhões de barris por dia em julho, de acordo com os dados do relatório mensal divulgado em Viena.

Isto significa que, mesmo com a estratégia de redução de oferta da matéria, num compromisso renovado em maio, os países membros da OPEP e outros grandes produtores não pertencentes à organização mantiveram a produção, registando-se um aumento na ordem dos 0,5% em relação ao mês anterior. O acordo de redução da oferta estipulava um corte de produção em 1,8 milhões de barris por dia.

Num mercado que continua a receber mais crude do que aquele que consome, o Iraque, a Angola e a Venezuela assumem-se como os países onde a produção de crude mais caiu no mês de julho.

Fora do acordo de redução de oferta ficaram a Líbia e a Nigéria devido a problemas de produção por que passavam. Estes dois países, mais Arábia Saudita, foram assim os membros da OPEP onde a produção mais cresceu.

Apesar da redução dos desequilíbrios entre a oferta e a procura ao longo deste ano, contabiliza-se ainda um excesso de produção que se cifra nos 390 mil barris de petróleo.

Outro problema coloca-se no volume de crude armazenado nos países mais desenvolvidos, que continua bastante elevado, com 252 milhões de barris acima da média dos últimos cinco anos.

As previsões da OPEP para 2018 apontam uma subida de cerca de 1.32% na procura de crude, para 97,77 milhões de barris por dia.

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