Nas eleições presidenciais de 2020, reinava uma onda de otimismo entre a oposição: Lukashenko parecia genuinamente ameaçado e milhões de bielorussos terão provavelmente votado na líder da oposição, a agora exilada Sviatlana Tsikhanouskaya – mas a quem averbaram apenas 9% dos votos. Lukashenko respondeu aos protestos realizando com uma repressão massiva: a polícia invadiu prédios onde manifestantes gritavam slogans anti-regime e agrediu pessoas em shoppings, nas ruas, onde quer que se manifestasse.
Muitos dos que assistiam aos protestos foram presos arbitrariamente e espancados e os que tiveram mais sorte foram pura e simplesmente varridos pelos canhões de água. A polícia de choque terá detido quase sete mil manifestantes em pouco mais de quatro dias.
As atuais eleições “não são o momento para o povo bielorrusso ir às ruas, para se revoltar, porque sabe que a repressão é real”, disse Tsikhanouskaya ao jornal ‘Politico’ em dezembro passado. A palavra de ordem da oposição é, por isso, a abstenção.
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