António Costa não convenceu a oposição com a sua mensagem de Natal, dedicada à Saúde, na qual prestou reconhecimento aos profissionais dessa área em Portugal e prometeu um reforço contínuo do Serviço Nacional de Saúde (SNS). “A Saúde é um bem essencial e, por isso, o SNS – universal, geral e tendencialmente gratuito – constitui uma das maiores conquistas da nossa democracia, permitindo, ao longo dos últimos 40 anos, prestar assistência a todos os que dela necessitam, sobretudo em momentos de fragilidade e independentemente da condição económico, estatuto social ou local de residência”, realçou o primeiro-ministro, referindo-se à Saúde como “uma das principais preocupações dos portugueses” e reconhecendo que persistem “vários problemas para resolver”, entre os quais cidadãos que continuam sem médico de famílias e filas de espera para consultas, exames e intervenções cirúrgicas. “A proposta de Orçamento do Estado para 2020 contempla o maior reforço de sempre no orçamento inicial no setor da Saúde e confere maior autonomia aos hospitais”, sublinhou.
“Dececionante”, realça BE
Luís Fazenda, dirigente do Bloco de Esquerda, afirmou perentoriamente que a intervenção do primeiro-ministro “não é a resposta que se esperava nas vésperas da negociação do Orçamento do Estado. Essa atitude é de algum modo dececionante”, realçou o ex-deputado, para quem “o Orçamento do Estado em si é uma resposta ao país” e “não pode ser só centrada na Saúde”.
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