Apesar do aumento de 2,7% da fatia do Orçamento do Estado dedicada à Saúde para 2023, face ao documento orçamental de 2022, poderá não ser suficiente, alertou António Correia de Campos, antigo ministro da Saúde, em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios.
O antigo presidente do Conselho Económico e Social destaca o aumento de 2,7% do orçamento para a Saúde para 2023 mas adverte que o mesmo não vai ser suficiente tendo em conta que não acompanha “nem a inflação, nem a manutenção do equipamento, nem o reforço salarial necessário”, realçando ainda que existe um desconforto e uma situação de sub retribuição.
Nesta entrevista, o antigo governante insistiu na necessidade de pagar melhor ao pessoal médico porque, caso contrário, não haverá pessoas para prestar esses serviços que agora são executados no exterior. Correia de Campos deixa mais uma advertência: “o desempenho não pode continuar a ser pago com horas extraordinárias”.
Além disso, este antigo ministro da Saúde defende a necessidade de contratar mais médicos e considera errada a ideia de criar limites às vagas nos cursos de medicina ou à criação de novas faculdades.
O Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2023) foi aprovado esta sexta-feira, dia 25 de novembro, com o voto favorável do PS, a abstenção do PAN e do Livre e os votos desfavoráveis das demais bancadas parlamentares.
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