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Ordem dos Médicos contra concurso extraordinário de acesso ao Internato Médico

Ordem dos Médicos alega que está em causa a garantia da equidade no acesso ao Internato Médico numa altura em que existe um excesso de candidatos face ao número de vagas disponíveis.
19 Dezembro 2018, 18h43

A Ordem dos Médicos manifestou “a sua total discordância” à abertura do concurso extraordinário de acesso ao Internato Médico, que foi aprovado no parlamento nas votações às propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2019.

Em comunicado divulgado esta quarta-feira, a Ordem dos Médicos alega que está em causa a garantia da equidade no acesso ao Internato Médico numa altura em que existe um excesso de candidatos face ao número de vagas disponíveis. “Seria manifestamente injusto que se alocassem vagas para a formação especializada para a formação especializada a um concurso extraordinário, as quais seriam posteriormente sonegadas aos candidatos do concurso regular”, lê-se na nota.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, explicou ao Jornal Económico que caso o concurso extraordinário seja executado, “vai retirar vagas ao concurso geral”, que no próximo ano, será feito entre setembro e outubro. “Isto não é aceitável. O concurso [geral] que existe tem de ser feito em condições de igualdade e justiça”, garantiu o bastonário.

Além disso, todos os anos, apresentam-se ao concurso geral médicos em número superior que a quantidade de vagas existentes. “Presumo que este concurso extraordinário seja para aqueles que não passaram no concurso geral”, supõe Miguel Magalhães. “Relativamente ao concurso especial, não sabemos nada”. Nos últimos três anos, “a Ordem dos Médicos tem feito de tudo para aumentar as vagas”, disse Miguel Guimarães. “Nos últimos três anos, tivemos o maior número de vagas de sempre, acima das 1.700”.

No comunicado da Ordem dos Médicos, a instituição revela que no concurso extraordinário, “não foram definidos quaisquer detalhes relativos a este procedimento (nomeadamente no que diz respeito à elegibilidade dos candidatos ou ao número e tipo de vagas disponíveis”.

O bastonário disse que não quer ver o concurso extraordinário executado e, por isso, terá “disponibilidade para reunir com a senhora ministra da Saúde [Marta Temido], na próxima semana”.

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