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Organizações europeias investigam mar das Selvagens

Investigadores do projeto EuroCigua vão estar nas Selvagens, em agosto, para averiguar a presença de ciguatoxinas no peixe charuteiro. O consumo desta toxina representa perigo para os humanos, diz Maria Martins, dirigente do IPMA.
11 Julho 2017, 12h16

O projeto EuroCigua, uma iniciativa co-financiada pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) e por 14 organizações europeias, vai deslocar, em Agosto próximo, uma equipa de investigadores  para o mar das ilhas Selvagens.

Em causa, está uma investigação em curso sobre a caraterização do risco da intoxicação alimentar pela Ciguatera, uma toxina detetada, a partir de 2008, nas micro-algas consumidas pela espécie ‘Charuteiro’ e que são consideradas perigosas para o consumo humano.

“Vamos proceder à monitorização do estado da água para se aferir relativamente às ciguatoxinas que são endémicas de zonas tropicais e que foram encontradas, a partir de 2008, nas micro-algas consumidas pelo charuteiro, sendo perigosas para o consumo humano”, avançou, ao Económico Madeira, Maria Martins, Diretora do Departamento Mar e Recursos Marinhos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Para além da monitorização da água em redor das ilhas Selvagens, vão também ser recolhidas amostras de “peixe eventualmente contaminado” para aferir a presença das toxinas. A análise química destas recolhas vai ser feita posteriormente na Madeira e no laboratório do IPMA em Algés.

Co-financiado pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) e por 14 organizações europeias, o  EuroCigua  é um projeto –  com conclusão prevista em 2020 – que se foca  caracterização do risco da intoxicação alimentar Ciguatera (CFP) na Europa e tem como objetivo avaliar a possível presença de ciguotoxinas em peixes nas águas de União Europeia.

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