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Orientação vocacional: O que é e para que serve?

Jovens ou adultos podem, em determinada fase do seu percurso escolar e/ou profissional, deparar-se com situações de indecisão quanto ao caminho a seguir. Para melhor decidir quanto ao seu presente e futuro profissional, é fundamental ter um bom conhecimento sobre si mesmo, assim como em relação à realidade educativa e profissional.
2 Março 2019, 10h10

Jovens ou adultos podem, em determinada fase do seu percurso escolar e/ou profissional, deparar-se com situações de indecisão quanto ao caminho a seguir. Para melhor decidir quanto ao seu presente e futuro profissional, é fundamental ter um bom conhecimento sobre si mesmo, assim como em relação à realidade educativa e profissional. É neste contexto que surge a Orientação Vocacional: para clarificar todas estas questões, ajudar a pessoa a conhecer as suas aptidões e a tomar consciência daquilo que mais o entusiasma e, através disso, facilitar a definição de linhas directrizes que ajudem a tomar uma decisão quanto ao futuro profissional.

O QUE É?

A Orientação Vocacional e Profissional é uma área de intervenção que pretende dar resposta às necessidades e indecisões que surgem em jovens ou adultos quanto à direção a dar à sua carreira académica e/ou profissional. É feita uma avaliação que permite analisar, por um lado, tudo aquilo que o motiva (ou seja, os seus interesses), e por outro lado, tudo aquilo para o que tem maior facilidade em aprender (ou seja, as suas aptidões). A orientação vocacional pretende, enfim, valorizar a visão que o estudante tem sobre si mesmo, quais os seu aspectos que considera mais importantes, e as suas expectativas em relação ao futuro. Enfatiza-se a ideia de que a construção do futuro depende das suas vivências e escolhas do presente.

COMO DECORRE?

O processo de avaliação de Orientação Vocacional inicia-se com uma entrevista cujo objetivo é recolher informação sobre o historial da pessoa em termos de percurso escolar e/ou profissional, assim como dos seus planos e aspirações. O restante processo de avaliação é realizado através de três ou quatro sessões (dependendo dos casos, poderão ser necessárias mais de quatro sessões) onde, através da aplicação de diferentes provas estruturadas de avaliação psicológica, é traçado o perfil vocacional do jovem ou adulto.

As provas têm por objetivo avaliar o seu perfil cognitico, os seus interesses, as áreas que mais o motivam, assim como as suas capacidades de desempenho mais desenvolvidas. No final do processo de avaliação é entregue um relatório que apresenta o perfil da pessoa, assim como a delineação de um projeto académico e/ou profissional, onde são sugeridos cursos, formações e/ou áreas de estudo ou profissionais mais adequadas ao seu perfil vocacional.

QUANDO DEVE FAZER-SE?

Indecisões quanto à direção a tomar relativamente à carreira académica e/ou profissional podem acontecer em qualquer altura da vida de uma pessoa, pelo que não existe “data marcada” para a necessidade de recorrer à orientação vocacional. No entanto, o período correspondente ao final do terceiro ciclo (9º ano) é particularmente importante na vida do adolescente, na medida em que será esta a primeira vez na vida em que terá de decidir sobre o seu futuro profissional. É também nesta fase do desenvolvimento que ocorrem as transformações cognitivas e psicossociais mais visíveis e significativas e, ao mesmo tempo, em que o planeamento vocacional se torna intimamente ligado à construção da identidade do adolescente. Trata-se de uma escolha com grande impacto no percurso vocacional do adolescente e, portanto, é natural que surjam muitas dúvidas e incertezas relativamente ao caminho a escolher.

No final do 9º ano, o adolescente poderá optar por um de três caminhos: Curso Científico Humanístico, Curso Profissional ou Curso Artístico Especializado. Embora qualquer uma destas vias permita concorrer ao ensino superior, importa realçar que uns são mais orientados para isso do que outros.

O Curso Científico Humanístico é a opção mais adequada para o jovem que pretenda prosseguir um percurso académico ao nível do ensino superior, já que é este o curso que melhor o prepara em termos de aprendizagens teóricas. Nesta fase, é importante que o jovem escolha uma de quatro áreas principais, para a qual revele simultaneamente interesse e aptidão: Ciências e Tecnologias, Línguas e Humanidades, Ciências Socio-Económicas ou Artes Visuais.

O Curso Profissional é a melhor opção para quem prefira quer ir directamente para o mercado de trabalho, já que este apresenta uma componente mais prática, preparando mais eficazmente o jovem para o trabalho concreto (por exemplo: administração, serviços e comércio, agroalimentar, ambiente e recursos naturais).

O Curso Artístico Especializado será o caminho a seguir para o jovem que pretenda uma carreira mais relacionada com a área artística e creativa (por exemplo: artes do espetáculo, dança, música) .

Mais tarde, no final do ensino secundário (12º ano), os estudantes já estão nos últimos anos da adolescência e, portanto, numa fase de desenvolvimento mais amadurecida, com uma visão mais realista acerca de si mesmos e daquilo que os rodeia. Para quem escolheu o Curso Científico Humanístico, o jovem tem agora a hipótese de candidatar-se ao Ensino Superior, para o qual terá de realizar exames nacionais às disciplinas que se adequam ao curso que pretende desenvolver. Também nesta fase o jovem poderá sentir dúvidas quanto à escolha da especialidade profissional, assim como em relação às oportunidades de formação e cursos existentes. Nestes casos, a orientação vocacional poderá ser útil para tornar mais eficaz qualquer tomada de decisão e ajudar a fomentar o desenvolvimento da carreira que melhor se adeque aos seus interesses e aptidões.

Links úteis

  • Currículo e programas do Ensino Secundário:

http://www.dgidc.min-edu.pt

  • Rede de Cursos Profissionais – 2013/2014:

http://www.catalogo.anqep.gov.pt

  • Acesso ao Ensino Superior:

http://www.dges.mctes.pt

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