A Cruz Vermelha Portuguesa nasceu há 160 anos. Este movimento, com raízes profundas na sua vocação humanitária, nasceu em momentos de grande necessidade e catástrofe, com um compromisso inabalável de estar ao lado dos mais vulneráveis, para responder à emergência, e mais importante ainda, para garantir que, em cada gesto, a dignidade seja sempre restaurada.
Desde as primeiras intervenções em conflitos armados até aos dias de hoje, a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) tem sido incansável na sua missão. Durante as duas Grandes Guerras, nas crises humanitárias, nas catástrofes naturais e, mais recentemente, na pandemia de Covid-19, a Cruz Vermelha esteve sempre na linha da frente, salvando vidas, levando conforto e reconstruindo esperanças.
Mas o trabalho da Cruz Vermelha não se limita às emergências. Ao longo das décadas, a instituição tem desenvolvido projetos de longo prazo, como o apoio a idosos, a integração de migrantes, o apoio aos que não têm abrigo, o apoio a vítimas de violência doméstica e a educação na área da saúde, entre outros.
Cada uma destas iniciativas transforma vidas de forma significativa e fortalece os laços de cooperação e apoio mútuo que nos unem enquanto sociedade.
Olhando para o futuro, sabemos que os desafios humanitários não vão diminuir. As mudanças climáticas, os conflitos, as desigualdades sociais e as crises migratórias exigirão, mais do que nunca, uma resposta ágil e uma presença eficaz.
Estar presente significa mais do que aparecer em tempos de crise. Significa ver o invisível, ouvir o que não é dito e agir onde a ajuda se faz mais urgente, muitas vezes quando mais ninguém o faz. Significa estender a mão, confortar na solidão, e devolver, com um gesto simples, a oportunidade de recomeçar.
Com uma rede alicerçada em 147 estruturas locais e 8 serviços autónomos, distribuídos por todo o país, a CVP consegue estar onde é mais necessária. A sua capacidade de resposta é garantida pela proximidade e pela compreensão das reais necessidades de cada comunidade.
A CVP sabe que não basta chegar; é preciso ficar.
Não basta assistir; é preciso orientar e capacitar.
Não basta ajudar; é preciso acreditar que cada gesto, por menor que pareça, tem o poder de mudar uma vida.
Neste seu 160º aniversário a Cruz Vermelha Portuguesa renovou o seu compromisso – um compromisso com a vida, com o outro e com o futuro. Porque a presença não tem hora, a proximidade não tem limites e o sentido de humanidade não pode ter fim.