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“Os impostos e o tempo de aprovação dos medicamentos travam mais investimento”

Em entrevista ao JE, a diretora-geral da Novo Nordisk Portugal, Paula Barriga, falou da alta prevalência no nosso país da diabetes e da obesidade, duas áreas ‘core’ da empresa, que obriga a uma nova e abrangente estratégia. E admitiu que o gigante dinamarquês não considera Portugal prioritário para albergar uma fábrica. Porquê? Alta carga fiscal e burocracia.
5 Julho 2024, 10h30

A Novo Nordisk tem como áreas principais o mercado da diabetes e da obesidade. Como é que é o mercado para este tipo de produtos em Portugal, em comparação com outros mercados? Nós temos uma população em que isso é um problema?
Então, essa é uma pergunta interessante. É um mercado ambulatório, essa é a primeira questão. Com todas as inerências que daí advêm. Ou seja, existem várias especialidades médicas que podem prescrever medicamentos para a diabetes. No entanto, é uma área terapêutica com alguma complexidade. Tem aqui um paradigma, digamos: por um lado tem uma elevada prevalência. Neste momento, estima-se que existam 1,4 milhões de portugueses com diabetes.

Isso é uma prevalência maior, em termos de percentagem, do que outros países ou não?
É uma prevalência maior versus outros países, é verdade.

E tem a ver com o envelhecimento da nossa população ou tem a ver com hábitos culturais?
Também. Porquê? Porque estamos a falar em grande parte de diabetes mellitus tipo dois, que obviamente pode ser derivada de estilo de vida. Isso pode ser um dos factores. E há uma elevada prevalência, que depois vem associada também a um custo muito elevado. Estima-se que o Estado, neste momento, esteja a ter uma despesa com a diabetes entre os 1,4 e 1,7 mil milhões de euros, o que é muito significativo, já que correspondendo a 7% do total da despesa com medicamentos. Por outro lado, existem várias classes terapêuticas para o tratamento da diabetes.

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