O tema dos juros do empréstimo que a República concedeu à Região tem sido um dos temas mais espinhosos na relação entre os Governos de Lisboa e do Funchal.
Tal como refere a peça que publicamos nas páginas 4 e 5, a redução da taxa de juro do empréstimo da República, para os níveis que o próprio Estado central paga para se financiar, seria uma importante ajuda para que a Região pudesse aplicar esses recursos em fins mais meritórios. A Região paga neste momento uma taxa de 3,375%, quando poderia estar a pagar apenas 2,6%. São 13 milhões de euros que poderiam ser investidos no apoio social ou em medidas de estímulo à inovação, tal como o vice-presidente Pedro Calado tem defendido ao longo do último ano. Qual intermediário financeiro que obtém um financiamento a dois por cento para de seguida poder emprestar a três, a República está a lucrar com o empréstimo concedido à Madeira.
Trata-se de uma injustiça para com os cidadãos portugueses que habitam neste pedaço de território nacional. Retóricas e argumentos eleitorais à parte, este facto deveria preocupar todos os partidos políticos que representam os madeirenses, independentemente de filiações e ideologias.
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