O Estado lançou esta quarta-feira uma nova ronda de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV), com uma taxa mais baixa que em anteriores emissões. Com o pagamento de comissões, o rendimento dos investidores fica ainda mais penalizado, o que levou a Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) a decidir oferecer a comissão de subscrição.
Quem subscrever OTRV julho 2025 na CEMG, tanto nos balcões como no homebanking, fica isento da comissão de subscrição, que é de 0,25% sobre o montante colocado por investidor.
Assim, para um investimento de cinco mil euros em OTRV, a isenção desta comissão representa uma redução de custos de 13 euros. Já numa operação de 10 mil euros, a poupança é de 26 euros e para 50 mil euros de 130 euros.
“Com esta oferta, os investidores terão menos encargos com as comissões bancárias, obtendo uma maior rentabilidade na operação”, explicou fonte oficial, em declarações enviadas ao Jornal Económico.
A subscrição das OTRV com maturidade a 23 de julho de 2025 (sete anos) está aberta desde as 8h30 desta quarta-feira e dura até às 15 horas de 17 de julho. O juro semestral (pago a 23 de janeiro e julho de cada ano) corresponde à taxa Euribor a seis meses, à qual acresce 1%.
Retirando o valor pago em impostos (0,28%), apenas garante um rendimento líquido de 0,7%. A este montante é ainda retirado o valor das comissões bancárias de subscrição, custódia, pagamento de juros e reembolso de capital. No caso da CEMG, os investidores não pagam a primeira, mas as restantes mantêm-se por dependerem apenas dos intermediários financeiros.
O valor nominal de cada obrigação é de mil euros, sendo que o mínimo é um título e o máximo mil (um milhão de euros). Para já, o IGCP pretende emitir 500 milhões de euros em OTRV, mas avisou que poderá aumentar o valor, até ao final do dia 10 de julho. Em todas as anteriores emissões, a agência fez a salvaguarda e concretizou-a.
As OTRV foram criadas pelo Estado em março de 2016, altura em que a taxa de juro bruta era de 2,2%, tendo caído em agosto desse ano para 2,05% e em novembro para 2%. Em 2017, em abril, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP oferecia 1,9%, em julho 1,6% e em novembro 1,1%. Em todas as anteriores emissões a taxa de juro bruta foi superior à da nova emissão.
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