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“Ou a UE faz o que tem a fazer ou acabará”, reitera António Costa

“É mesmo repugnante que se tenha esse tipo de posição”, realçou Costa. “Um ministro das Finanças tem que perceber que, numa união a 27, devem ser partilhadas as vantagens e as dificuldades”, sublinhou o primeiro-ministro numa visita a uma fábrica de protótipos de ventiladores, quando questionado se mantinha as declarações que proferiu esta quinta-feira.
Omer Messinger/EPA
27 Março 2020, 15h33

O primeiro-ministro António Costa voltou a manifestar-se contra a posição do ministro das Finanças holandês e reiterou que, a propósito das divergências no Conselho Europeu, “ou a União Europeia faz o que tem a fazer ou acabará”.

“É mesmo repugnante que se tenha esse tipo de posição”, realçou Costa. “Um ministro das Finanças tem que perceber que, numa união a 27, devem ser partilhadas as vantagens e as dificuldades”, sublinhou o primeiro-ministro numa visita a uma fábrica de protótipos de ventiladores, quando questionado se mantinha as declarações que proferiu esta quinta-feira.

“Perante dramas que se vivem em Itália, em Espanha e que se vive na Holanda, é incompreensível alguém perguntar porque é que estes países não têm condições orçamentais para enfrentar estas situações”, destacou o governante.

Para António Costa, “é preciso não ter a menor noção para pensar que se consegue resolver a pandemia na Holanda sem resolver o que se passa nos países à volta”.

António Costa qualificou as declarações do ministro das Finanças holandês como “repugnante”, no final de uma reunião dos líderes dos países da União Europeia (UE).

Wopke Hoekstra defendeu que a Comissão Europeia devia investigar países como Espanha por não terem acumulado nos últimos anos uma almofada financeira que lhe permitisse neste momento enfrentar a crise provocada pelo novo coronavírus.

“Esse discurso é repugnante no quadro da União Europeia e a expressão é mesmo esta: repugnante”, disse o primeiro-ministro em conferência de imprensa na noite de quinta-feira. “Ninguém está disponivel para voltar a ouvir ministros das Finanças holandeses como aqueles que já ouvimos em 2008, 2009, 2010 e anos consecutivos”.

 

 

 

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