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Ouro atinge novo recorde ao aproximar-se dos 3.025 dólares por onça

O preço do ouro continuou hoje a subir e atingiu um novo máximo ao aproximar-se de 3.025 dólares por onça, mantendo a forte tendência de alta num contexto de incerteza gerada pela guerra comercial e as tensões geopolíticas.
18 Março 2025, 12h15

O preço do ouro continuou hoje a subir e atingiu um novo máximo ao aproximar-se de 3.025 dólares por onça, mantendo a forte tendência de alta num contexto de incerteza gerada pela guerra comercial e as tensões geopolíticas.

Às 10h15 em Lisboa, o ouro atingiu um novo máximo de 3.024,51 dólares, de acordo com dados da Bloomberg.

Ao início da manhã de hoje, o ouro atingiu um novo máximo histórico (3.017,27 dólares), depois de ter superado na passada sexta-feira os 3.004,94 dólares, altura em que ultrapassou pela primeira vez na sua história a marca dos 3.000 dólares por onça.

O ouro está a desempenhar o papel de ativo de “porto seguro” em tempos de incerteza, num contexto de tensões geopolíticas crescentes, depois de uma trégua de dois meses em Gaza ter sido quebrada esta manhã por ataques israelitas contra alvos do Hamas.

O mercado aguarda também a reunião telefónica de hoje entre o Presidente dos EUA, Donald Trump, e o homólogo russo, Vladimir Putin, com o objetivo de alcançar um cessar-fogo na Ucrânia.

Neste contexto, mantém-se também a incerteza em torno da guerra comercial iniciada pelos EUA e o receio de que a política tarifária provoque uma recessão naquele país.

Diego Franzin, diretor de estratégia de carteiras da Plenisfer Investments, parte da Generali Investments, citado pela Efe, acredita que o ouro desempenhará um papel “ainda mais importante” na proteção dos investimentos neste clima de incerteza e face a possíveis novas vagas de inflação, “ajudando a estabilizar as carteiras”.

O ouro tem tido uma trajetória ascendente constante, apesar da subida dos rendimentos das obrigações americanas e do fortalecimento do dólar, dois fatores que normalmente pesariam sobre o metal precioso.

Isto sugere, segundo o especialista, que as condições fundamentais do mercado do ouro sofreram uma mudança estrutural devido a vários fatores que, na sua opinião, são suscetíveis de persistir.

A este respeito, sublinha que o ouro se tornou cada vez mais importante nas carteiras dos investidores, e não espera que esta tendência se inverta durante o ano, antes pelo contrário.

“Como ativo de refúgio por excelência, o ouro continuará a ser apoiado pela incerteza que rodeia os acontecimentos geopolíticos, as tensões comerciais e os desequilíbrios fiscais – especialmente nos Estados Unidos -, bem como pela procura dos bancos centrais”, conclui.

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