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Ouro bate a marca dos 3 mil dólares por onça a beneficiar da instabilidade global

O máximo histórico está associado aos conflitos geopolíticos e às pressões inflacionistas, que beneficiam as negociações do minério, já que este funciona como reserva de valor.
ouro
19 Março 2025, 07h00

Os preços do ouro superaram pela primeira vez os 3 mil dólares por onça na manhã de terça-feira, em virtude das tensões geopolíticas e económicos ao redor do mundo.

Em causa está uma valorização na ordem de 1,7% na sessão, que impulsionou para 15% o incremento registado desde o início do ano, depois de as negociações terem terminado o mês de dezembro em torno dos 2.623 dólares. Trata-se de uma forte aceleração face ao aumento já expressivo que teve lugar em 2024, na ordem de 27%.

Na base deste máximo histórico estão as tensões que se observam, um pouco por todo o mundo. O ouro funciona como reserva de valor e, por esse motivo, regista por tendência acréscimos ao nível da procura, em contextos como este.

Desde logo, os conflitos geopolíticos desempenham um papel importante, há já vários meses. O conflito entre a Rússia e a Ucrânia vem de trás mas continua a levantar inseguranças, neste caso fruto dos avanços e recuos no que respeita a um eventual acordo de cessar-fogo entre os dois países.

Mais recente é a guerra, no Médio Oriente, entre Israel e o Hamas, que parece não ter fim à vista.

Por outro lado, as tensões económicas associadas às políticas protecionistas da administração de Donald Trump, nos EUA. Em causa estão as tarifas às importações de um leque de produtos, que estão envolvidos numa enorme variedade de setores da economia.

As tarifas que já foram colocadas em prática, assim como outras que foram prometidas pelo presidente norte-americano, ameaçam criar dificuldades significativas sobre as empresas e, por consequência, sobre os consumidores. Em causa estão eventuais maiores pressões inflacionistas sobre os preços de variados produtos e serviços.

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