Para o managing principal da corretora Tickmill, Joseph Dahrieh, a realização de lucros dos investidores em ouro e também o alívio as tensões no Médio Oriente, com o acordo de paz entre Israel e o Hamas, foram fatores que contribuíram para uma pausa no ritmo de subida do ouro.
Recorde-se que o ouro recentemente tem estado a bater novos máximos fazendo mesmo com que quebrasse a barreira dos quatro mil dólares (3.453 euros à taxa de câmbio atual). Esta subida no preço da matéria-prima, que deve caminhar para o oitavo ganho semanal consecutivo, como assinala Joseph Dahrieh, tem sido sustentado pelas “expetativas de novos cortes” nas taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana (Fed) e pelas “persistentes incertezas” globais.
A escalada no preço do ouro levou mesmo o Julius Baer a subir as suas perspetivas para esta matéria-prima, ao nível de preço, a três e 12 meses para 4.150 e 4.500 dólares por onça.
“A realização de lucros e o alívio das tensões geopolíticas no Médio Oriente contribuíram para uma pausa no ritmo. Israel ratificou a primeira fase de um acordo de cessar-fogo com o Hamas, que inclui uma retirada militar parcial de Gaza e a libertação de reféns em poucos dias, embora tenham continuado ataques aéreos esporádicos. A perspetiva de uma trégua reduziu a procura imediata de ativos de refúgio [como o ouro], com os investidores a acompanharem cautelosamente os acontecimentos”, considera o managing principal da Tickmill.
Para Joseph Dahrieh os fundamentos subjacentes [ao ouro] “mantêm-se favoráveis”. O managing principal da Tickmill refere que a paralisação do governo dos Estados Unidos em curso atrasou dados económicos importantes e “contribuiu para a incerteza fiscal”, enquanto os comentários recentes da Fed “reforçaram as expectativas” de mais flexibilização monetária.
“O presidente da Fed de Nova Iorque, John Williams, disse estar aberto a outro corte das taxas de juro, fazendo eco das atas do FOMC [organismo da Fed] da semana passada, que destacavam os riscos do mercado de trabalho, mesmo com a persistência das pressões inflacionistas. Entretanto, as tensões na Europa de Leste persistiram, ajudando a ‘manter um piso’ para os ativos de refúgio seguro [como o ouro]”, assinala Joseph Dahrieh.
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