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Países do sudeste asiático desafiam a China nos carros elétricos

Tailândia, Indonésia e Vietname serão as próximas superpotências na produção destes veículos.
31 Março 2025, 07h00

Impulsionados por incentivos governamentais, investimentos estratégicos e a crescente adoção por parte dos consumidores, os países do sudeste asiático querem uma fatia do crescimentos das vendas de veículos elétricos no mundo. A Tailândia tem sido a mais agressiva dos três países, com o Governo a reduzir os impostos e a subsidiar a compra dos automóveis até 4500 dólares (4157 euros). De um volume quase inexistente há alguns anos, a participação dos elétricos nas vendas de automóveis saltou para cerca de 15%.

Na Indonésia, essa participação é de apenas 5%, em parte porque o governo procura beneficiar os fabricantes e não os consumidores. Foi implementada uma série de incentivos, desde isenções fiscais até benefícios para investimentos. Mas o país também tenta explorar a sua posição dominante na produção de minerais usados em carros elétricos, como o níquel, impondo mesmo a proibição de exportação para forçar as empresas a produzir localmente.

Enquanto isso, o Vietname aposta na VinFast, a principal empresa do país no fabrico de elétricos. Com o apoio financeiro e político do Governo tentou expandir os negócios para os Estados Unidos, onde fracassou. Porém, conseguiu alargar a atividade para a Índia e Indonésia. Apesar do aumento nas entregas e na receita, a empresa nunca teve lucro e sobrevive graças à generosidade de seu dono, o bilionário Pham Nhat Vuong, que prometeu injetar na empresa dois mil milhões de euros da sua fortuna pessoal.

A China lidera em volume de produção e tecnologia, mas o sudeste asiático está a posicionando como uma alternativa viável e cada vez mais atrativa: com salários mais baixos e incentivos fiscais tornam a produção mais barata, dominam a produção de minerais, com o níquel, fundamental para baterias e contam com o apoio de empresas e governos que desejam reduzir a dependência da China.

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