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PAN abstém-se na votação da generalidade do OE2022 (com áudio)

O partido liderado por Inês Sousa Real segue assim o voto das deputadas não inscritas Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira.
  • Inês de Sousa Real
    Inês Sousa Real
25 Outubro 2021, 10h49

O PAN anunciou esta segunda-feira que vai abster-se na votação do Orçamento do Estado para 2022. O partido liderado por Inês Sousa Real segue assim o voto das deputadas não inscritas Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira.

Inês Sousa Real admitiu que PAN quer continuar a percorrer um “caminho de diálogo” e não de “rutura” para com o Governo socialista, assegurando que existe manobra de negociação. A porta-voz do partido das pessoas, animais e natureza assegurou que foi realizada uma “ponderada análise do OE e do acolhimento das várias medidas na generalidade e responsabilidade”.

Inês Sousa Real apontou que durante os últimas décadas “o país tem estado estagnado entre medidas de austeridade e de cativações”, tornando-se evidente “com a crise sanitária e socioeconómica que é fundamental garantir um maior investimento em questões absolutamente estruturais para o país mas também que mudem o paradigma de desenvolvimento”.

“As contas certas não podem continuar a justificar a falta de investimento na valorização salarial, no compromisso com os direitos humanos mas também na transição energética e no combate à crise climática que até aqui tem tardado em acontecer”, apontou a porta-voz do PAN. Inês Sousa Real admitiu que a proteção animal continua a ser “um dos parentes pobre dos Orçamentos do Estado”.

“Este Orçamento não pode ser mais do mesmo. É um Orçamento que terá de sair daquilo que é uma necessidade de garantir que existe é um maior investimento e disrupção com o paradigma”.

O caminho do diálogo e negociação escolhido pelo PAN é o mesmo de 2021, apontou Inês Sousa Real, mantém aberta a disponibilidade para falar com o Governo nos próximos dias. “Continua tudo em aberto em relação à votação final global”, adiantou a porta-voz.

“O que não poderíamos a este tempo era deixar as pessoas para trás, a proteção animal ou menos ainda um orçamento mais ambicioso e mais verde, um orçamento ecologista, algo que não é a marca deste orçamento que entrou na Assembleia da República”, explicou em conferência de imprensa para anunciar o sentido de voto.

Ainda assim, Inês Sousa Real sublinhou que o Governo aceitou algumas propostas como o apoio à agricultura biológica, o combate à pobreza energética, maior oferta de transportes públicos, fim do chumbo da pesca e caça, avanço nas carreiras dos Técnicos Auxiliares de Saúde, criação de uma rede de leite materno (o único existente é em Lisboa), aumento da verba para proteção animal e campanha de esterilização de animais de companhia.

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