A deputada do PAN, Inês Sousa Real anunciou que o partido vai apoiar a antiga eurodeputada Ana Gomes, esta quinta-feira, 1 de outubro, a partir da sede do partido em Lisboa.
“Sendo esta uma eleição de pessoas e não de partidos o PAN decidiu apoiar a candidatura de Ana Gomes à presidência da República. O PAN está numa fase de crescimento e consolidação, isso não significa que tenhamos de nos apresentar a todos os atos eleitorais nomeadamente às presidenciais”, apontou Inês Sousa Real que referiu que Ana Gomes tinha sido escolhida pela maioria dos militantes do partido.
Inês Sousa Real garante que Ana Gomes é uma candidata “forte e independente” e a única que é “progressista, humanista, europeísta” e “não confunde cultura com tortura”.
A deputada do PAN garante que a candidata escolhida “vai ao encontro dos valores do PAN e que sente a emergência climática que vivemos e também as preocupações dos nossos jovens”. Ana Gomes foi ainda selecionada pela “transversalidade das suas ideias, é capaz , capaz de levar a eleição a um segunda volta e vencer as eleições”.
Para que o PAN pudesse avançar com o apoio à antiga eurodeputada foi tido em consideração o seu percurso “ao serviço dos direitos humanos, seja na defesa da independência de Timor Leste” ou ” na luta pela libertação dos presos políticos” e até mesmo “o seu envolvimento na aprovação do regimes de sanções europeias a pessoas ou países responsáveis por violações grandes deste direitos”.
Ana Gomes “percebe que a responsabilidade das politicas que suportam o modelo económico tradicional que não é disruptivo e que assenta no produtivismo e estativísmo que não olhando a ideologias assenta no consumo generalizado e crescente”, frisou Inês Sousa Real.
“Portugal precisa de uma presidente da republica que demonstre também afeto pelo planeta e que priorize aquilo que são os desafios ambientais , contrariamente a outros que promovem e incentivam atentados , como o aeroporto do Montijo”, sublinhou a deputada do PAN. “Ana Gomes não vacila e rejeita esses projetos mesmo que isso vá contra os interesses do sue próprio partido, o que demonstra a sua independência”, acrescentou.
Sobre o possível apoio do Partido Socialista a Ana Gomes ter influência na escolha do PAN Inês Sousa Real garantiu que o único motivo para retirar o apoio seria “uma linha vermelha com as causas” defendidas pelo partido e lembrou que Ana Gomes é uma “candidata independente”.
Quanto à possibilidade do PAN ter apoiado Marisa Matias, Inês Sousa Real explicou que “além de ser uma candidata da esquerda é também uma candidata que não se assume como progressista e que acompanha os valores do PAN seja em matéria ambiental, seja em matéria de proteção animal”.
“No caso da questão ambiental não vamos estar a reiteradamente a culpar o capitalismo ou a dizer que o capitalismo não é verde e depois na prática não tomarmos isso com ações concretas que se concretizem não só numa agenda proclamatória, mas numa agenda afetiva dos interesses ambientais”, disse a deputada do PAN enaltecendo que o partido não é de esquerda, mas sim “um partido progressista que se apresenta de facto com preocupações que são transversais aos diferentes posicionamentos ideológicos”
Inês Sousa Real pediu ainda que estas eleições sejam um combate pela democracia, bem como uma “derrota do populismo” e do “conservadorismo”
Em entrevista ao Público, André Silva tinha garantido que “neste momento, está em cima da mesa apresentarmos ou não um candidato próprio, apresentarmos alguém que já se tenha apresentado ou não apoiarmos ninguém. O debate está aberto”.
“Um apoio a uma candidatura a terceiros, a alguém que não venha do campo político do PAN, tem de ser definida por um critério. O combate e a luta que Ana Gomes faz é meritório, mas há outras características, que se viéssemos a apoiar um outro candidato, devem ser avaliadas”, referiu André Silva.
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