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PAN critica declarações de deputada do Chega sobre aborto de criança violada

No Twitter a porta-voz do PAN sublinhou que “a violação tem consequências físicas e emocionais devastadoras, penhorando o direito à infância e à integridade sexual”.
12 Julho 2022, 11h30

As entrevistas da deputada do Chega, Rita Matias, têm suscitado alguma polémica e também críticas, nomeadamente da parte do PAN relativamente às declarações sobre o aborto de uma criança de dez anos.

A 8 de julho, em entrevista à Rádio Observador, Rita Matias disse ser “pela vida”. Assim sendo, assumiu ser  contra o aborto em qualquer circunstância. Confrontada com a violação de uma menina de dez anos, respondeu: “Lamento que uma nova criança tenha sido impedida de nascer”, acrescentou. “Lamento imenso e acho absolutamente lamentável e condenável que uma criança se veja nessa situação”, referiu ainda.

Inês de Sousa Real, porta-voz do PAN, não ficou indiferente e utilizou as redes sociais para comentar as declarações. “Rita Matias do Chega defende que uma criança violada não deve abortar. A violação tem consequências físicas e emocionais devastadoras, penhorando o direito à infância e à integridade sexual. Obrigar uma criança a ter uma criança também é uma violação dos seus direitos”, escreveu Inês de Sousa Real.

Noutra entrevista, a 11 de julho para o “Diário de Notícias”, Rita Matias afirmou ser conservadora, católica praticante e antifeminista. “Há direitos que os homens têm que eu não quero”, referiu a deputada do Chega, que defende que homens e mulheres não devem “desejar um papel de igualdade, mas sim um papel de equidade”.

Desta vez quem recorreu ao Twitter foi o deputado do BE José Manuel Pureza. “Diz que é contra movimentos que separam a sociedade entre “nós” e “os outros”. Vai daí, aderiu ao Chega. Pois”, destacou.

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