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André Silva votou e reafirma que “não é tempo do PAN estar no governo”

Questionado sobre o futuro político do PAN, André Silva diz que o partido não é uma solução de governo e que neste momento é “precoce” porque “não sabemos como vai funcionar a matemática do parlamento”. Mas realçou: “não é tempo de o PAN estar no Governo, é tempo de o PAN crescer e de se consolidar”.
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André Kosters/Lusa
6 Outubro 2019, 11h21

O deputado André Silva votou este domingo poucos minutos depois das onze da manhã. O porta-voz do PAN exerceu o seu direito de voto na freguesia dos Olivais, em Lisboa.

Depois de exercer o direito de voto, o líder do partido e único deputado ao parlamento português eleito pelo Pessoas-Animais-Natureza (PAN) disse estar “confiante para logo”.

Questionado sobre o futuro político do PAN, André Silva diz que o partido não é uma solução de governo e que neste momento é “precoce” porque “não sabemos como vai funcionar a matemática do parlamento”. Mas realçou: “não é tempo de o PAN estar no Governo, é tempo de o PAN crescer e de se consolidar”.

Sobre a taxa de abstenção, à semelhança dos outros políticos que já votaram, o líder do PAN disse estar “confiante que a taxa de abstenção se reduza e que os portugueses tenham vontade de ir votar”. “São essas as minhas expectativas no dia de hoje, mais do que os resultados”, vincou.

O resto do dia será passado a descansar. André Silva prevê uma “noite eleitoral longa”.

“As noites eleitorais têm a excitação de saber quantos deputados se vai eleger. Espero que o apuramento dos resultados vá até tarde como foi há quatro anos”, disse. “Estou sereno e tranquilo e esperar calmamente pelos resultados eleitorais”.

Recorde-se que em 2015, a surpresa da noite legislativa estava reservada para o PAN (Pessoas-Animais-Natureza), que acabaria por conseguir eleger um deputado para a Assembleia da República. André Lourenço e Silva foi eleito por Lisboa com o partido a obter, no total, mais de 74 mil votos (1,39%). Já este ano, nas eleições europeias, conseguiu a eleição de um eurodeputado, Francisco Guerreiro.

Há quatro anos, o partido de André Silva ficou à frente de todas as outras pequenas forças políticas, nomeadamente do PDR de Marinho e Pinto, do PCTP/MRPP ou do Livre, de Rui Tavares. A proibição do abate de animais nos canis, o fim do uso de animais selvagens no circo ou a introdução de uma opção vegetariana nas cantinas públicas foram alguns dos ganhos desta legislatura.

A criação do PAN remonta a maio de 2009. Na altura, a sigla era diferente – PPA – e designava o Partido Pelos Animais. Em 22 de maio, uma comissão coordenadora composta por António Rui Santos, Pedro Oliveira, Fernando Leite e Paulo Borges, inicia a criação do partido.

Apesar de o processo ter começado em dezembro de 2009, apenas em 2011 o partido é oficializado pelo Tribunal Constitucional. Pelo caminho, ainda muda de nome e adota um outro nome, Partido pelos Animais e pela Natureza, antes do atual Pessoas-Animais-Natureza.

As assembleias de voto abriram esta manhã, às 8h00, em Portugal continental e na Madeira, e funcionam sem interrupção até às 19h00. Nos Açores, a votação também se realiza entre as 8h00 e as 19h00 locais (9h00 e 20h00 de Lisboa, devido à diferença horária de 60 minutos).

Em Portugal, estão recenseados cerca de 10,7 milhões de eleitores para poderem votação hoje nas eleições legislativas.

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