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Pandemia com tendência crescente entre população acima dos 80 anos

Apesar de manter uma intensidade reduzida e incidência estável, o que resulta em baixa mortalidade e pressão nos serviços de saúde, a pandemia volta a dar sinais de crescimento em quase todas as regiões do país, com o R(t) a nível nacional a chegar a 1,00.
15 Outubro 2021, 20h17

A pandemia encontra-se numa situação estável em Portugal, mas mostra uma tendência crescente entre a população mais idosa, revela o relatório de monitorização das linhas vermelhas Covid-19 desta sexta-feira. O risco de transmissão a nível nacional está já em 1,00, o valor limite para uma situação de baixo risco nesta vertente.

A incidência da doença mantém-se estável, com 84 casos confirmados de infeção por 100 mil habitantes, numa média móvel a 14 dias, com nenhuma região a mostrar um valor superior a 240 casos, o limite definido pelo Governo para este indicador. No entanto, acima dos 80 anos, o cenário é de uma incidência crescente, com 113 casos por 100 mil habitantes em 14 dias.

O risco de transmissão, ou R(t), é agora igual ou superior a 1,00 na maioria das regiões, com exceção do Norte e Algarve, onde se registam 0,97 e 0,85, respetivamente. Os valores acima de 1,00 mostram uma tendência crescente da doença, sendo que o Alentejo continua a ser a região de saúde com um R(t) mais elevado, com 1,06. Em todas as regiões do país se verificou um aumento neste indicador.

Ainda assim, a pressão nos cuidados de saúde mantém-se estável, com apenas 22% das camas destinadas a doentes Covid-19 nas unidades de cuidados intensivos dos hospitais nacionais ocupadas. Também em termos de mortalidade o cenário se mantém estável, com 9,2 óbitos em 14 dias por milhão de habitantes, o que fica abaixo do limiar de 10.

A testagem aumentou na semana em análise, tendo-se registado uma positividade de 1,4%, o que fica dentro do intervalo até aos 4% considerado aceitável pelas autoridades de saúde.  Também as notificações com atraso se mantêm abaixo dos 10%, tendo até descido 0,1 pontos percentuais em relação à semana anterior, o que resulta em 8,3% dos casos.

98% dos casos confirmados de infeção foram isolados em menos de 24 horas após a notificação e, no mesmo período, foram
rastreados e isolados, todos os contactos de 92% dos casos, acrescenta o relatório, o que cumpre as metas definidas pelo Executivo e autoridades de saúde para a gestão pandémica.

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