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Pandemia deverá contrair economia do Japão ao ritmo mais rápido de várias décadas, estima Reuters

“Levaria dois ou três anos para a atividade económica regressar a níveis normais no Japão, enquanto os mercados internacionais devem continuar a sofrer com a propagação do vírus”, afirma o economista chefe do Instituto de Investigação Itochu, Atsushi Takeda.
10 Julho 2020, 10h14

A economia do Japão deverá encolher ao ritmo mais rápido de décadas, até março do próximo ano, forçando o governo japonês a criar um novo pacote de estímulos para amortecer o golpe da pandemia de coronavírus, estima a “Reuters”, esta sexta-feira, 10 de julho, após uma sondagem.

Muitos dos inquiridos admitiram que o próximo passo do Banco do Japão seria expandir o estímulo para um valor mais elevado, ainda que não vejam a crise que a pandemia já começou a causar no setor bancário. As previsões dão conta que a economia japonesa contraia 5,3% este ano, dados que remetem a 1994, mas que no próximo ano deve recuperar 3,3%.

Ainda assim, a sondagem da “Reuters” indica que a economia irá crescer a um ritmo anualizado de 10% no terceiro trimestre, depois de uma contração de 23,9% no segundo trimestre de 2020, que encerrou em junho. “Levaria dois ou três anos para a atividade económica regressar a níveis normais no Japão, enquanto os mercados internacionais devem continuar a sofrer com a propagação do vírus”, afirma o economista chefe do Instituto de Investigação Itochu, Atsushi Takeda.

Até à data, o Japão aprovou um estímulo de 2,2 biliões de dólares (1,9 biliões de euros), mas os economistas consultados pela “Reuters” preveem que o Japão apresente um novo estímulo ainda este ano para suavizar o impacto nos negócios e na poupança das famílias.

Dos 40 economistas consultados pela “Reuters”, 26 esperam que o Banco do Japão expanda o estímulo económico, com 18 a sustentar que esse aumento deveria acontecer ainda este ano e cinco a prever que a apresentação do novo estímulo só será no próximo ano.

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