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Pandemia impulsionou em 57% e-commerce em Portugal

Esta tendência é mais notória na população mais jovem, entre os 18 e os 24 anos, 70% dos quais admitem ter feito mais compras online.
4 Novembro 2020, 11h42

Mais de metade dos inquiridos (cerca de 57%) admite ter realizado mais compras online nos últimos seis meses devido à pandemia da Covid-19. Os dados vão ao encontro dos dados do e-commerce em Portugal, que apontam para um crescimento estimado entre 150-170% desde março, face ao período homólogo.

As conclusões surgem no Observatório de Tendências, um inquérito desenvolvido pelo Grupo Ageas Portugal e a Eurogroup Consulting Portugal, divulgado esta quarta-feira, e que tem como objetivo identificar as tendências emergentes do contexto pandémico.

Esta tendência é mais notória na população mais jovem, entre os 18 e os 24 anos, 70% dos quais admitem ter feito mais compras online, em oposição aos 47% da faixa etária de mais de 55 anos que aumentou o seu consumo através dos canais digitais. Os inquiridos do sexo feminino, bem como aqueles que apresentam um maior nível de rendimento são também aqueles entre os quais houve um maior aumento das compras online.

Embora se antecipe a manutenção da tendência de crescimento do comércio online, 66% dos inquiridos consideram realizar compras de forma mista no futuro, alternando entre os canais digitais e os espaços físicos. Apenas 16% consideram voltar às lojas físicas como fonte principal das suas compras. Os mais jovens estão mais propensos a privilegiar a compra online (2.5 vezes mais do que os seniores), uma tendência que diminui diretamente com a idade.

À exceção das viagens, a preferência dos inquiridos recai sobre a compra em loja para todas as categorias. Ainda assim, para categorias como cultura, seguros e produtos financeiros, educação/formação e produtos tecnológicos, mais do que 1/3 dos inquiridos admite preferir comprar online.

De forma geral, cerca de 45% dos portugueses admite que os seus hábitos de consumo sofreram alterações motivadas pela pandemia da Covid-19, com 31% a afirmar que se tratam de mudanças duradouras, com especial incidência nas mulheres e nos mais jovens. Por outro lado, quanto mais elevado o nível de rendimento, menos se prevê a alteração dos hábitos de consumo. Apesar disto, verifica-se ainda um elevado nível de indecisão e incerteza (38%).

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