A economia britânica apresentou uma quebra de 9,9% no ano de 2020, tendo sido fortemente afetada pela pandemia de Covid-19, revela a “Reuters” esta sexta-feira. Apesar de esta ser a maior queda anual na produção na história do Reino Unido em mais de 300 anos, a economia britânica evitou um regresso à recessão e tudo aponta para que se verifique uma recuperação em 2021.
Os dados indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1% entre outro e dezembro, o que significa que o Reino Unido conseguiu evitar a contração económica em dois trimestres seguidos. Economistas consultados pela “Reuters” estimam que a economia ainda deve encolher no início do presente ano devido ao terceiro e atual confinamento aplicado no país.
“Os números mostram que a economia sofreu um choque sério como resultado da pandemia, que foi sentida por países ao redor do mundo”, assumiu Rishi Sunak, ministro das Finanças do Reino Unido. O responsável pelas finanças britânicas enfrenta o maior endividamento do país desde a Segunda Guerra Mundial.
Só no mês de dezembro, a economia cresceu 1,2%, após uma quebra de 2,3% no mês anterior. Face ao mês de fevereiro de 2020, antes da pandemia se espalhar pelo mundo, a economia verificava uma queda de 6,3% no mês de novembro. O Banco de Inglaterra prevê uma contração de 4% no primeiro trimestre de 2021, mas aponta que até 2022 a economia britânica vai recuperar os níveis pré-Covid à medida que a vacinação continua.
“À medida que as restrições forem atenuando, esperamos uma recuperação vigorosa da economia”, assumiu o economista Dean Turner do UBS Global Wealth Management.
Os dados divulgados pelo Ministério das Finanças britânico mostram que o impacto da pandemia foi desigual dos diversos sectores de atividade, sendo que o sector da manufatura ficou 2,5% abaixo dos níveis registados em dezembro de 2019, enquanto o sector dos serviços registou um impacto de 7,2% face aos níveis de dezembro de 2019.
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