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Pandemia levou economia do Reino Unido a afundar 9,9% em 2020

“Os números mostram que a economia sofreu um choque sério como resultado da pandemia, que foi sentida por países ao redor do mundo”, assumiu Rishi Sunak, ministro das Finanças do Reino Unido.
Londres, Reino Unido
12 Fevereiro 2021, 12h28

A economia britânica apresentou uma quebra de 9,9% no ano de 2020, tendo sido fortemente afetada pela pandemia de Covid-19, revela a “Reuters” esta sexta-feira. Apesar de esta ser a maior queda anual na produção na história do Reino Unido em mais de 300 anos, a economia britânica evitou um regresso à recessão e tudo aponta para que se verifique uma recuperação em 2021.

Os dados indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1% entre outro e dezembro, o que significa que o Reino Unido conseguiu evitar a contração económica em dois trimestres seguidos. Economistas consultados pela “Reuters” estimam que a economia ainda deve encolher no início do presente ano devido ao terceiro e atual confinamento aplicado no país.

“Os números mostram que a economia sofreu um choque sério como resultado da pandemia, que foi sentida por países ao redor do mundo”, assumiu Rishi Sunak, ministro das Finanças do Reino Unido. O responsável pelas finanças britânicas enfrenta o maior endividamento do país desde a Segunda Guerra Mundial.

Só no mês de dezembro, a economia cresceu 1,2%, após uma quebra de 2,3% no mês anterior. Face ao mês de fevereiro de 2020, antes da pandemia se espalhar pelo mundo, a economia verificava uma queda de 6,3% no mês de novembro. O Banco de Inglaterra prevê uma contração de 4% no primeiro trimestre de 2021, mas aponta que até 2022 a economia britânica vai recuperar os níveis pré-Covid à medida que a vacinação continua.

“À medida que as restrições forem atenuando, esperamos uma recuperação vigorosa da economia”, assumiu o economista Dean Turner do UBS Global Wealth Management.

Os dados divulgados pelo Ministério das Finanças britânico mostram que o impacto da pandemia foi desigual dos diversos sectores de atividade, sendo que o sector da manufatura ficou 2,5% abaixo dos níveis registados em dezembro de 2019, enquanto o sector dos serviços registou um impacto de 7,2% face aos níveis de dezembro de 2019.

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